Enquanto novo poço é perfurado, Sanesul fornece água sem tratamento, diz vereador

O gerente da Sanesul de Três Lagoas garante que a água do novo poço passará por Estação de Tratamento antes de ser distribuída. Contudo, o peemedebista, Jorge Martinho, alega que, enquanto isso não ocorre, a água do Poço do Palmito, além de impotável desde a origem, vai direto para o cavalete das residências sem qualquer tratamento.

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O gerente da Sanesul de Três Lagoas garante que a água do novo poço passará por Estação de Tratamento antes de ser distribuída. Contudo, o peemedebista, Jorge Martinho, alega que, enquanto isso não ocorre, a água do Poço do Palmito, além de impotável desde a origem, vai direto para o cavalete das residências sem qualquer tratamento.

A substituição do Poço do Palmito, responsável pela
distribuição de água para cerca de metade da cidade de Três Lagoas, continua
aguardando a conclusão das obras da nova perfuração. Conforme apontado pelo
vereador Jorge Martinho (PMDB), a água repassada para essa parte da população ainda
vem direto do Poço antigo, sem passar por tratamento.

“Tenho diversos laudos do Laboratório Municipal
indicando que a água retirada do Poço do Palmito, além de impotável desde a
origem, não registra qualquer quantidade de cloro e de flúor, um dos
componentes que garantiriam qualidade na distribuição para o consumo humano,
quando chega aos cavaletes dos imóveis”, afirmou Martinho.

Segundo o gerente regional da Sanesul de Três
Lagoas, Álvaro Ricardo Calábria de Araújo, a água dos poços semi-artesianos da
Cidade também são impróprias para o consumo.

“Normalmente essas perfurações atingem o lençol freático
entre 10 a 15 metros de profundidade. Isso compromete sua qualidade, pois ainda
há muitos locais em Três Lagoas com fossas sépticas que contaminaram a água
logo abaixo da superfície. A água das chuvas também são capazes de chegar a esses
poços”, explicou.

Poço do
Palmito

Os moradores da região abastecida pelo Palmito reclamam da água salobra e quente. A explicação de Araújo, é que o Poço Palmito foi
perfurado, há muitos anos, pela Petrobrás em busca de petróleo. Devido a essa
procura, a profundidade atingida faz com que a água se torne quente, mas não
significa que é imprópria para o consumo humano.

“Esse Poço tem cerca de 5 mil metros de
profundidade. A primeira opção era para encontrar petróleo. Quanto mais
profundo um lençol freático, mas quente é a água, devido a fenômenos naturais
do Planeta. Porém não há comprovação científica de que ela não seja potável e não
possa ser distribuída para os moradores”, assegurou.

Para Jorge Martinho, a comprovação de que o Poço
não contém água potável é a sua substituição.

“A maior prova é a troca do reservatório. Caso
fosse potável, eles poderiam reduzir os custos, construindo uma estação de
tratamento, decantar a água, resfriá-la e aplicar os produtos obrigatórios para
garantir sua pureza até o cavalete das residências. Entretanto, ao invés disso,
vão substituir. Enquanto isso não ocorre, a água continua chegando para quase
metade da população”, denunciou.

Novo Poço

Araújo afirmou que a perfuração do poço, ao qual será
o novo reservatório para parte dos três-lagoenses, atingirá o lençol freático há
cerca de 140 metros abaixo da primeira camada do solo.

“Nessa profundidade a água é fria. Tenho informações
sobre que ela possui algumas das características contidas nas águas classificadas
como minerais”, garantiu.

O gerente da Sanesul continuou dizendo que, antes
de ser distribuída, a água passará pela Estação de Tratamento, no Bairro Santa
Terezinha.

“Na Estação, a água receberá o cloro e todas as
substâncias exigidas por Lei. Assim como passará por procedimentos necessários
para garantir a pureza”.

Contudo, o vereador peemedebista reitera que o
contato com o ar e metais pesados pode provocar contaminação na água, durante a
canalização até a Estação, enquanto estiver sendo tratada e pelo caminho
percorrido até os cavaletes.

“É necessário fazer uma nova análise, antes de
classificá-la própria para o consumo, em todas as etapas. Dessa forma, o erro,
como o que ocorreu com a distribuição da água do Poço do Palmito, não tornará a
acontecer”, finalizou Martinho.

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