O prefeito de Alcinópolis, Manuel Nunes da Silva, disse que só falará na próxima terça-feira (22) sobre o assassinato do vereador Carlos Antônio Carneiro, morto a tiros no dia 26 de outubro do ano passado.

O prefeito de Alcinópolis, Manuel Nunes da Silva, disse que só falará na próxima terça-feira (22) sobre o assassinato do vereador Carlos Antônio Carneiro, morto a tiros no dia 26 de outubro do ano passado em Campo Grande. Na ocasião, o prefeito estará em Campo Grande.

Ontem, Alcino Fernandes Carneiro, pai do vereador, na saída do 2ª Vara do Tribunal do Júri, onde estava ocorrendo uma audiência sobre o caso, acusou abertamente Manoel Nunes da Silva ao dizer “o mandante é o prefeito. Se não foi ele, fui eu. Pode até me matar se quiser”. 

Ao ser questionado sobre a acusação, o prefeito de Alcinópolis disse que falará sobre o caso na terça-feira e pessoalmente, quando estará em Campo Grande.

Audiência

Na noite de ontem, Irineu Maciel, acusado de atirar contra Carneiro, e Valdemir Vansan, apontado pelo próprio Irineu como mandante do crime, prestaram depoimento. Ambos negaram a delação premiada – onde poderiam reduzir um terço da pena, caso condenados, se colaborassem com as investigações.

Irineu negou que o crime teve motivações políticas. Ele alegou que matou o parlamentar por vingança, pois tinha sido “humilhado” pela vítima. Para cometer o ato, ele teria ligado duas vezes para Carneiro fingindo ser um empresário interessado em abrir um frigorífico em Alcinópolis. Para fechar o suposto acordo, um encontro foi marcado no Hotel Vale Verde, em Campo Grande, onde o vereador foi assassinado.

Já Valdemir negou qualquer participação no crime. Ele contou que estava em casa no momento do assassinato e não conhece ninguém da família de Carneiro. O acusado acredita que Irineu o envolveu na história porque está “escondendo alguém”.

O crime

Carlos Antônio Carneiro foi morto por volta das 13 horas do dia 26 de outubro, em frente ao hotel Vale Verde. Ele foi atingido por tiros e morreu no local.

Segundo a polícia, dois agentes da DGPC (Delegacia Geral De Polícia Civil) perceberam a movimentação do pistoleiro Ireneu Maciel, conhecido como Vaca Magra, e o seguiram. Ele foi preso com o comparsa Aparecido de Souza Fernandes, que pilotava a motocicleta que daria fuga à dupla. Fernandes disse em depoimento que não sabia que o colega era pistoleiro e que ia matar o vereador.

Ao que tudo indica o vereador foi vítima de uma emboscada. Ele chegou no hotel e disse na recepção que alguém (nome não revelado) o esperava para almoçar.