Vereadores discutem proibição de máquinas de camisinha em Campo Grande
Os vereadores da Câmara de Campo Grande discutem nesta terça-feira (23) a proibição da instalação das chamadas máquinas de camisinhas em escolas públicas e privadas da Capital. O veto foi motivado por uma iniciativa do Ministério da Saúde, que pretende oferecer preservativos aos alunos do Ensino Médio do país como forma de prevenir a disseminação […]
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Os vereadores da Câmara de Campo Grande discutem nesta terça-feira (23) a proibição da instalação das chamadas máquinas de camisinhas em escolas públicas e privadas da Capital. O veto foi motivado por uma iniciativa do Ministério da Saúde, que pretende oferecer preservativos aos alunos do Ensino Médio do país como forma de prevenir a disseminação de doenças sexualmente transmissíveis, em especial a AIDS.
O projeto piloto vai abranger inicialmente 40 escolas públicas em três capitais – João Pessoa (PB), Florianópolis (SC) e Brasília (DF) a partir de 2011. As escolas não são obrigadas a receber a máquina, e as camisinhas só estarão disponíveis aos alunos mediante senha. Mas a ideia encontra resistências em setores da sociedade desde quando foi anunciada pelo governo federal, há pelo menos dois anos.
O vereador e presidente da Câmara de Campo Grande, Paulo Siufi (PMDB), é um dos autores da proposta de veto às máquinas de camisinhas. Ele reconhece que a sexualidade dos adolescentes não tem sido discutida na maioria dos lares, mas chama atenção do papel da escola nesse contexto: “A escola pode chamar os pais para o debate, é isso que nós queremos. Que as escolas sirvam de preparar os pais para que comecem a discutir a sexualidade em casa”, afirma.
O padre Paulo Roberto de Oliveira, ecônomo da Arquidiocese de Campo Grande, também rechaça a ideia de oferecer preservativos aos jovens. “Colocar uma máquina de camisinha na escola irá incentivar a promiscuidade. Isso não vai ajudar em nada. O poder público deve se preocupar em passar informações sobre sexualidade sadia, que envolve o homem como um todo”, disse.
“Essa medida vai deseducar os nossos jovens, pois a prevenção às DSTs e à gravidez na adolescência está ligada à educação sexual e não à distribuição indiscriminada de camisinha. Temos que educar os jovens para que tenham uma vida sexual sadia, vivida no tempo certo e com a pessoa certa.”, completou o padre.
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