Prefeitura propôs o Plano de Revitalização; ocorre que a ideia só vai sair do papel se os comerciantes bancarem o projeto

Comerciantes da região central de Campo Grande, receosos com o Plano de Revitalização do centro da cidade, proposto ontem pelo prefeito Nelsinho Trad (PMDB), querem modificações no projeto por temer um incalculável prejuízo financeiro.

Eles acham que a ideia que cria um novo conceito de publicidade na parte central da cidade, deve ser mais debatida e saber o motivo da pressa na aprovação do plano, prevista ainda para esta semana.

Até então, os comerciantes acreditavam que a proposta da prefeitura surgiria primeiro por meio de um plano piloto, imposto na rua 14 de Julho, mas agora souberam que o projeto pode ser aceito pela Câmara “sem discussão e sob pressão”.

O Plano de Revitalização tem como missão por fim a poluição visual e foi preparado por uma arquiteta que atuou num projeto posto em prática em São Paulo, tida como uma das capitais com o maior índice de poluição visual do mundo.

Pela proposta da prefeitura, é dever do comerciante em bancar a reforma das fachadas de suas empresas. Esse investimento deve ser aplicado até julho do ano que vem.

No caso, é o dono da loja, por exemplo, é quem vai tirar o dinheiro do bolso para construir o projeto proposto pela prefeitura.

Com o Plano de Revitalização executado com recursos dos comerciantes, a que a prefeitura conquista um credenciamento para receber uma ajuda federal, algo perto de meio bilhão de reais. Uma das indagações dos comerciantes: e se a verba federal não vier?

Seguindo esse raciocínio, é que os comerciantes pedem a inclusão de uma emenda no projeto. Ontem, terça-feira, vereadores e representantes do comércio se reuniram na Câmara para debater o assunto.

O manifesto dos empresários ganhou o apoio dos vereadores Alcides Bernal, Graziella Machado, Paulo Pedra, Thais Helena, Marcelo Bluma e Airton Saraiva. A audiência foi acompanhada por representantes da Associação Comercial, Federação do Comércio e Câmara dos Diretores Lojistas.

A proposta deve ser debatidamente de novo hoje na sessão da Câmara.

           Foto: Alessandra de Souza