A tese do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) é que os deputados estaduais Onevan de Matos e Ary Rigo saíram do partido obedecendo ordem do governador André Puccinelli (PMDB). O PDT move ação contra Rigo e Onevan, acusando-os de infidelidade partidária. Se condenados eles podem perder os mandatos. Os depoimentos das testemunhas de defesa e acusação estão sendo tomados hoje.

Dagoberto depôs como testemunha de acusação. Reafirmou que soube de uma reunião, em Brasília, no ano passado, entre o governador André Puccinelli e o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson. Nessa reunião André teria “oferecido” os dois deputados ao PTB, desde que a sigla se comprometesse a apoiar sua reeleição.

Roberto Jefferson convocou em Brasília a direção regional do partido e apresentou a proposta, que foi recusada. Os dirigentes regionais ponderaram que a entrada de Rigo e Onevan em nada somaria ao PTB, ao contrário, atrapalharia a eleição das lideranças do partido. A proposta foi, portanto, recusada, e Rigo e Onevan acabaram migrando para o PSDB. Outro deputado do PDT, Coronel Ivan, acomodou-se no PTdoB, outro partido da base de André.

Dagoberto entende que essa foi a razão pela qual os deputados saíram do PDT. Queriam estar em uma legenda ligada ao governador, e o PDT já se encaminhava rumo à candidatura de Zeca do PT.

O presidente regional do PTB, Ivan Louzada, chegou a ser convocado para depor, mas se recusou. Apenas Natalino José Gonzaga, assessor do pecuarista Zelito Ribeiro, que participaram da reunião em Brasília, foi depor e confirmou a fala de Jefferson.

Agora, está depondo o presidente da Assembleia Legislativa Jerson Domingos, testemunha de defesa.