Seis dos 11 vereadores do município de Jandira, na Grande São Paulo, e um ex-funcionário da prefeitura tiveram o sigilo bancário quebrado por conta da suspeita de receberem propinas para a aprovação de projetos municipais. Segundo Roberto Porto, promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), núcleo São Paulo, a solicitação para a quebra de sigilo bancário foi feita há cerca de dois meses e já foi deferida.

A Justiça aguarda a remessa dos dados para prosseguir com a investigação, que começou a partir de uma gravação feita de uma conversa entre dois dos suspeitos, de acordo com o promotor. Um dos interlocutores gravou a conversa sobre o pagamento de R$ 200 mil para a aprovação das contas da prefeitura. O nome dos vereadores e do ex-funcionário que tiveram seus sigilos quebrados não foi divulgado pelo Ministério Público (MP).

A cidade tomou conta do noticiário na semana passada. Na última sexta-feira, o prefeito Walderi Braz Paschoalin () foi morto a tiros quando chegava em uma rádio de Jandira para a gravação de um programa semanal. A hipótese de crime político é até agora a mais forte. O próprio governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), afirmou que não acredita que tenha sido um crime comum. A cidade já tem um histórico de atentados contra pessoas públicas.