Promotor pede para juiz afastar 9 vereadores de Dourados

O promotor de Justiça Paulo César Zeni pediu nesta quinta-feira o afastamento de nove dos 11 vereadores de Dourados presos semana passada por suposta ligação num esquema de fraudes em licitações públicas. Ele disse que pode pedir o afastamento de mais dois vereadores. Se isso acontecer, a Câmara de Dourados esvaziaria e os suplentes teriam […]

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O promotor de Justiça Paulo César Zeni pediu nesta quinta-feira o afastamento de nove dos 11 vereadores de Dourados presos semana passada por suposta ligação num esquema de fraudes em licitações públicas. Ele disse que pode pedir o afastamento de mais dois vereadores. Se isso acontecer, a Câmara de Dourados esvaziaria e os suplentes teriam de ser convocados às pressas.

Zeni disse ter pedido os afastamentos dos parlamentares por duas razões: porque os vereadores com mandatos poderiam prejudicar o andamento das investigações e para manter a ordem pública no município. Hoje, por exemplo, ao menos 600 pessoas ocuparam o prédio da Câmara e impediram o andamento da sessão.

A solicitação do promotor não tem prazo para ser definida e será examinado pelo juiz Carlos Alberto Rezende.

O promotor disse que tem provas técnicas contra os vereadores. O inquérito do caso, preparado pela Polícia Federal durante a operação Uragano, na semana passada, produziu pilhas de 2.389 páginas, separadas em nove volumes.

Paulo Zeni disse que vai apurar 14 CDs que armazenam imagens e áudios de diálogos dos envolvidos no esquema. Gravações indicam que os vereadores recebiam de R$ 10 a R$ 20 mil para aprovar as licitações indicadas pelo prefeito da cidade, Ari Artuzi, do PDT, também preso na operação.

O promotor pediu o afastamento dos vereadores Aurélio Bonatto, Edvaldo Moreira, Humberto Teixeira Junior, José Carlos Cimatti, Zezinho da Farmácia, Julio Artuzi, Marcelo Barros, Paulo Henrique Bambu e Sidlei Alves, o presidente da Câmara.

A Polícia Federal indiciou ao menos 60 pessoas que teriam ligações no esquema, 29 dos quais empresários que pagavam propinas ao prefeito da cidade em troca de prestação de serviços.

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Agência Brasil
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