PMDB não abre mão de prefeitura em favor do PSDB e ‘desautoriza’ pré-candidaturas agora

Chance de apoiar aliado ao comando da Capital “é remotíssima”, porém cúpula não admite ninguém se declarando candidato antecipadamente

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Chance de apoiar aliado ao comando da Capital “é remotíssima”, porém cúpula não admite ninguém se declarando candidato antecipadamente

O PMDB de Mato Grosso do Sul não acha justa a cobrança do PSDB por reciprocidade na disputa pela prefeitura de Campo Grande nas eleições de 2012. O presidente regional do PMDB, Esacheu Nascimento, afirma que “é remotíssima” a possibilidade de a sigla abrir mão da disputa para apoiar um candidato tucano ou de qualquer outro partido aliado.

Apesar da certeza de candidatura própria à prefeitura da Capital, a cúpula regional do PMDB decidiu em reunião interna desautorizar o pré-lançamento de candidatos a prefeito da Capital neste momento.

A reivindicação de apoio do PMDB ao PSDB partiu da senadora Marisa Serrano cotada para disputar a prefeitura. Para ela, os tucanos já deram grande contribuição aos peemedebistas e agora está na hora de receber apoio para conquistar o comando da Capital.

“Não acho que seja uma reivindicação justa. O PSDB tem mais lideranças do que eleitores. O PMDB ajuda a eleger as lideranças tucanas. Nós ajudamos a Marisa Serrano a se eleger senadora. Antes disso [em 2002] apoiamos a candidatura dela ao governo do Estado. Acho que o PSDB está fazendo uma convocação inadequada”, afirma o dirigente.

Além da convocação do PSDB, o próprio governador André Puccinelli (PMDB) desencadeou boatos sobre a possibilidade de o PMDB abrir mão de concorrer à prefeitura em 2012 ao declarar que apoiaria para o cargo nome de seu grupo político sem que necessariamente fosse de seu partido. Porém, Esacheu assegura que internamente a postura de Puccinelli é outra.

“O governador é uma liderança importante no partido. Ele sempre tem colocado que se curvará a decisão coletiva. A decisão sobre a prefeitura não é isoladamente de Puccinelli. Ela passa pelo conjunto do partido. O PMDB quer sim continuar disputando a prefeitura da Capital”, afirma Esacheu.

Pré-candidaturas fora de hora

Passadas as eleições de 2010, nomes do PMDB já começam a se apresentar para concorrer à prefeitura. Uma liderança em evidência é o presidente da Câmara de Campo Grande, vereador Paulo Siufi (PMDB) que se diz candidato natural à prefeitura.

A antecipação de nomes irritou a cúpula do PMDB. Tanto que o assunto foi debatido em recente reunião interna. “A colocação de nomes agora é uma atitude extemporânea. A escolha sobre quem concorre ou não tem de passar pelo partido. No momento oportuno, a legenda vai decidir como será a escolha se por pesquisa, disputa interna, prévias ou outros meios”, explicou.

Vida partidária ativa

O PMDB tem atualmente 28 prefeituras em Mato Grosso do Sul e espera ampliar este número em 2012. Porém, o partido definiu que não quer mais apenas patrocinar a eleição de candidatos a carga executivo ou legislativo. Uma vez eleito, o peemedebista terá que manter vida partidária ativa. O dirigente cita que há correligionários que nem aparecem nas reuniões do partido.

O PMDB exigirá ainda que prefeitos eleitos, por exemplo, que preencham as administrações com quadros do partido.

“Tem candidato que se elege pelo partido e depois se esquece dos compromissos partidários. Daqui pra frente quem quiser concorrer pelo PMDB não poderá pensar apenas em se eleger. O eleito terá que manter a proposta programática e a visão do PMDB em sua administração ou atuação parlamentar” explica.

“O PMDB tem compromisso com emprego, renda e com a educação, por exemplo. Você precisa ter pessoas do PMDB em pontos chaves de uma administração para implementar o que pensa o partido”, completou.

Saiba mais sobre a movimentação de partidos e lideranças pela prefeitura da Capital nas notícias relacionadas 

Últimas Notícias

Conteúdos relacionados

Agência Brasil
prefeita eldorado