O Diretório Regional do PDT decidiu ontem que vai intervir no Diretório Regional do partido em Dourados, hoje sob a presidência do vereador Edvaldo Moreira, um dos presos na Operação Uragano da Polícia Federal que desbaratou esquema de fraude em licitações e corrupção. Outra decisão é que o prefeito Ari Artuzi (PDT), também preso na operação, vai sofrer processo de expulsão do partido.

O presidente de honra do PDT, João Leite Schimidt, conta que hoje à tarde já deve estar definido o nome do interventor. Além de Moreira e Artuzi, há outros nomes do PDT entre os presos como os vereadores Aurélio Bonato e Humberto Teixeira Júnior.

Schimidt explica que o processo contra Artuzi vai contemplar várias situações não só a acusação da PF de que o prefeito é chefe de esquema de corrupção. “Artuzi é indisciplinado. O PDT tinha decidido apoiar Zeca do PT e ele preferiu Puccinelli. Além disso, ele já respondia ação por fraudes em licitação e agora esta corrupção toda. Isso não é comportamento que se aceite em um partido”, disse.

Quanto aos vereadores, Schimidt afirma que eles precisam ser ouvidos primeiro. Os parlamentares aparecem em imagens de vídeo recebendo dinheiro que seria de propina. “Nas imagens não dá para ver quem é que repassa o dinheiro”, cita Schimidt.

O dirigente explica que o fato de Artuzi estar preso complica a situação. “Com ele na cadeia não dá para a gente notificar”, disse. Conforme Schimidt, Artuzi terá direito de se defender no processo interno.