Preso por suposta prática de corrupção, prefeito de Dourados estaria enfrentando crise depressiva; TJ-MS determinou que ele se submetesse a exames num hospital de Campo Grande pelo período de 24 horas

Afetado por uma crise depressiva, o prefeito afastado de Dourados, Ari Artuzi, sem partido, preso há 51 dias em Campo Grande por suposta ligação com um esquema de corrupção, foi levado para o hospital nesta manhã.

Por determinação do desembargador Manoel Mendes Carli, ele deve ficar sob cuidados médicos por 24 horas, segundo a assessoria de imprensa do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Daí, dependendo dos exames, ele deve voltar à cela do Garras (Grupo Aramado de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros). Há, ainda, a possibilidade de ele ficar internado por um prazo ainda não estabelecido.

Artuzi, segundo amigos de parentes dele, já apresentava sinais de depressão, sintoma que teria se agravado anteontem, quando o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), negou liberdade a ele.

Ainda de acordo com amigos do prefeito, ele estaria disposto a iniciar uma greve de fome a partir da manhã desta quinta-feira. O diagnóstico médico será feito por uma equipe do hospital do Pênfigo, em Campo Grande.

Ari Artuzi foi preso durante a Uragano, operação da Polícia Federal que pôs na cadeia ele, a mulher dele o vice-prefeito e 9 dos 12 vereadores da cidade, além de secretários municipais e empresários.

O prefeito foi flagrado em gravações feitas com o auxílio da PF, contando dinheiro que teria arrecado com o esquema. A quadrilha supostamente chefiada por Artuzi, é acusada de fraudar licitações pública. A cidade de Dourados é comandada pela presidente da Câmara, a vereadora Délia Razuk, do PMDB.