De volta de uma viagem a Paris, o governador pemedebê de Santa Catarina, Luiz Henrique (SC), levou os lábios ao trombone. Disse ter farejado “golpe” na decisão de antecipar de março para 6 de fevereiro a convenção que reconduzirá Michel Temer à presidência do PMDB, informa o blog do Josias de Souza.

“Está me cheirando a golpe para inviabilizar que o partido lance candidato próprio à Presidência da República”, afirmou o governador. No comando de uma aliança catarinense que junta num mesmo balaio PMDB, PSDB e DEM, Luiz Henrique é avesso à ideia de apoiar Dilma Rousseff.

No caso da convenção, o governador toca pela partira levada à estante por Orestes Quércia (SP), principal operador de José Serra no PMDB.Conforme já noticiado aqui, Quércia cogita questionar na Justiça a decisão de antecipar a realização da convenção.

Informado de que tomaram parte da decisão os senadores José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL), caciques do PMDB do Norte e Nordeste, Luiz Henrique disse:”No Sul também temos caciques e isso vai parar na Justiça”.

Outro governador, Roberto Requião, do Paraná, também aderiu à orquestra que faz barulho em torno da articulação para manter Temer no leme partidário.