Deputados que barraram investigação contra Puccinelli atacam Dagoberto
Deputados que barraram a investigação de denúncias contra contra o governador André Puccinelli (PMDB), em processo que corre no Superior Tribunal de Justiça, decidiram atacar hoje (22) o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), pré-candidato ao Senado na chapa adversária ao do chefe do Executivo estadual. A esposa do governador, Elizabeth Puccinelli, por não ter foro privilegi…
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Deputados que barraram a investigação de denúncias contra contra o governador André Puccinelli (PMDB), em processo que corre no Superior Tribunal de Justiça, decidiram atacar hoje (22) o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), pré-candidato ao Senado na chapa adversária ao do chefe do Executivo estadual. A esposa do governador, Elizabeth Puccinelli, por não ter foro privilegiado, como o marido, teve negado o pedido de seu advogado para trancamento do processo e será julgada pelo STJ.
Na sessão de hoje, na Assembleia Legislativa, ex-correligionários de Dagoberto Nogueira, os deputados estaduais Ary Rigo e Onevan de Matos, ambos no PSDB, atacaram o pedetista durante sessão plenária.
Rigo levou para a tribuna transcrição de discurso supostamente feito por Dagoberto em evento em Maracaju no qual ele teria chamado a Assembleia de “podre” e os deputados de “custosos”. O deputado federal já havia feito contato com petistas para negar o teor das declarações.
Os dois parlamentares guardam longa mágoa de Dagoberto, pois a ele atribuem a desfiliação do PDT no ano passado em um processo tumultuado. Onevan prometeu revidar ataque por ataque que Dagoberto fizer. “Ficamos calados até agora. Mas, daqui pra frente ele vai escutar”, avisou.
Rigo mencionou que Dagoberto Nogueira é um “ficha suja” por ter sofrido duas condenações por improbidade administrativa na Justiça. Ele pôs em dúvida a possibilidade do deputado federal concorrer ao Senado. Dagoberto diz que as condenações que sofreu não tratam de perda de direitos políticos, mas apenas determinam multas. Logo, sua candidatura não correria riscos.
O deputado estadual diz que Dagoberto está enganado e que a Lei Ficha Limpa o alcançará, pois ele sofreu condenações por órgãos colegiados (grupo de juízes) exatamente como especifica a nova lei.
Rigo ainda fez questão de ler trecho do discurso de Dagoberto em Maracaju. “É importante o PDT fazer bancada de deputados estaduais e federais. É importante que o Zeca do PT não fique na dependência desta Assembleia que está aí podre do jeito que é (…) Eu até imagino o custo de cada deputado”, teria dito Dagoberto segundo leitura feita pelo deputado.
Rigo defendeu a Casa. Chamou o deputado federal de “desequilibrado mental” e afirmou que ele “não teria condições de receber votação do eleitorado de MS”. Até mesmo a ex-primeira-dama Gilda Gomes dos Santos, cotada para suplente de Dagoberto, foi mencionada nos acalorados debates. “Fico triste. Ela não merece isso”, diz Rigo.
Os deputados Rinaldo Modesto (PSDB) e Zé Teixeira (DEM) lamentaram os supostos ataques de Dagoberto à Casa de Leis.
Por meio do deputado estadual Paulo Duarte (PT), Dagoberto disse que em momento algum ofendeu a Assembleia. Em seu discurso teria se referido apenas a alguns deputados. A redação ligou várias vezes no celular pessoal do deputado, mas ele ainda não atendeu.
Transparência
O deputado Ary Rigo, como primeiro secretário da Assembleia, dificulta o quanto pode na divulgação das informações administrativas e contábeis da Casa. Na semana passada, defendeu o alguel de um avião, pago com dinheiro do contribuiente, para os deputados viajarem para o interior em plena época de eleição.
Já o deputado Onevan de Matos, ácido nas críticas, responde a processo de improbidade administrativa em decorrência da suposta emissão de cheque da prefeitura em seu benefício, quando era prefeito de Navirai.
Denúncias contra o Governo
Indícios de propaganda eleitoral antecipada e propaganda pessoal por parte do governador André Puccinelli (PMDB) resultaram em representação já protocolada contra ele na PRE (Procuradoria Regional Eleitoral) de Mato Grosso do Sul, órgão do MPF (Ministério Público Federal). O autor foi o deputado estadual Paulo Duarte, do PT.
Inicialmente, a representação se baseou em jornal publicitário sobre as obras do Governo do Estado distribuído em Corumbá. No informativo, inclusive, segundo queixa da oposição, o governo oculta que as obras públicas foram construídas com recursos federais.
Depois de protocolada esta representação, a própria Procuradoria recebeu jornal idêntico ao de Corumbá só que distribuído no município de Jardim, também versando sobre obras públicas naquela região. A publicação chegou às mãos do procurador Pedro Paulo Gonçalves de Oliveira encaminhada por moradores de Jardim.
Outro material incorporado à representação foi a agenda escolar confeccionada pelo Detran, que contém fotografia do governador na página de apresentação do livrinho.
Além da fotografia, o deputado estadual Pedro Kemp (PT), da oposição, questiona ainda o preço de custo das agendas.
Na representação Paulo Duarte diz que o governador está em plena campanha eleitoral e que neste último ano de seu Governo a atividade administrativa tornou-se um conjunto de atos tendentes a promover pessoalmente o governador. “Para isso, faz uso de abundante propaganda pessoal, por meio de placas, faixas, materiais impressos, do portal do governo estadual na internet e da utilização de uma logomarca sua como se fosse símbolo estadual”, cita o parlamentar.
Paulo Duarte pede que seja instaurada representação eleitoral contra o governador, por propaganda antecipada e multa de R$ 25 mil ou o equivalente ao custo das propagandas, além de representação por abuso de autoridade, e que cópia da representação seja encaminhada ao Ministério Público Estadual, para investigação dos fatos.
Outro lado
O governador comentou a polêmica em torno da agenda escolar. Disse que não fez propaganda antecipada uma vez que as agendas foram confeccionadas no ano passado para distribuição no início deste ano. Além do mais, conforme o governador, o fato de a foto ter aparecido em uma agenda confeccionada com recursos públicos não caracteriza propaganda pessoal.
“Não é propaganda nenhuma. É apenas para dar conhecimento à população sobre quem é o governador como poderia ter sido feito até por prefeitos do interior (…) Além do mais não foi elaborada por mim, mas sim pelo Detran”, comentou em entrevista coletiva na sede do Sebrae.
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