Comitê Popular promete “outdoor” contra vereadores que votaram pela queima da cana

Entidade pretende instalar dezenas de outdoor com as fotografias dos vereadores que alteraram lei aprovada em 2007 que proibia a queima da cana a partir de janeiro de 2010

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Entidade pretende instalar dezenas de outdoor com as fotografias dos vereadores que alteraram lei aprovada em 2007 que proibia a queima da cana a partir de janeiro de 2010

O (CRDP) Comitê Regional de Defesa Popular promete radicalizar se o presidente da Câmara Municipal de Dourados vereador Sidlei Alves (DEM) sancionar a lei que autoriza até dezembro a queima da palha de cana no município.

O Comitê pretende instalar dezenas de outdoor com as fotografias dos vereadores que alteraram lei aprovada em 2007 que proibia a queima da cana a partir de janeiro de 2010. A afirmação foi do arquiteto Ronaldo Ferreira Ramos, coordenador do CRDP.

No final da tarde desta segunda-feira integrantes do Comitê do COMDAM (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente) vão participar de uma reunião com o presidente da Câmara para discutir o assunto. Tanto o Comitê quanto o Conselho são contra o retrocesso na lei e pedem que Sidlei não sancione a lei.

“Esta é uma luta de nossa sociedade e este retrocesso tem de ser evitado de alguma maneira”, disse o agrônomo Cesar Scheide, presidente do Comdam que está mobilizando os ambientalistas para a reunião e também para uma reunião extra-ordinária do Conselho para amanhã de manhã.

No início da semana passada o coordenador do Comitê entregou um documento ao presidente da Câmara mostrando a sua preocupação com a aprovação da lei que atende interesses de usineiros. Na sexta-feira o Comitê publicou na imprensa de Dourados uma nota de repúdio a forma como os vereadores alteraram a lei considerando o ato como “um golpe contra o meio ambiente”.

Ronaldo lembra que em 2007 as indústrias sucroalcooleiras aliadas a alguns vereadores tentaram derrubar um projeto ou no mínimo estende-lo para 20 anos, apresentado pelo ex-vereador Elias Ishy, que proibia a queima da palha da cana e a instalação de Usinas de Álcool próximo ao perímetro urbano de Dourados. “A sociedade se mobilizou, fez o enfrentamento e conseguiu fazer com que o projeto fosse analisado, permitindo a queima por dois anos, onde o prazo termina neste ano de 2010” explicou o ambientalista.

Segundo Ronaldo, “passados dois anos o projeto volta à tona com uma emenda de alteração apresentada pelo vereador Paulo Henrique Bambu (DEM) a pedido dos usineiros, prorrogar por mais um ano as queima da palha em Dourados.”

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