Testemunhas prestam depoimento sobre acidente na Afonso Pena que matou médica recém-formada
Ainda não há informações sobre a localização do motorista, que no hospital se recusou a fazer o teste do bafômetro
Lucas Caxito –
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Testemunhas do acidente que vitimou Anne Carolline de Barros na manhã do último domingo (16), na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, começaram a ser ouvidas pela polícia da Capital. A delegacia que está à frente das investigações é a 1ª DP (Delegacia de Polícia Civil).
Anne Carolline chegou a ser socorrida em estado grave, passou por protocolo de morte cerebral no mesmo dia e veio a óbito no início da tarde de segunda-feira.
Após a constatação da morte da médica recém-formada, a delegacia também alterou a tipificação do crime ao motorista. Anteriormente tratado como lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, agora, o motorista do carro poderá responder por homicídio culposo na direção de veículo automotor.
Ainda não há informações sobre a localização do motorista, que no hospital se recusou a fazer o teste do bafômetro, dizendo que “não iria fazer nenhum teste enquanto estivesse ali”. O veículo ficou com a frente totalmente danificada com o impacto e o poste, quebrado. Uma garrafa de whisky foi encontrada no assoalho do veículo.
O motorista é réu em processo por outro acidente, ocorrido também na Capital sul-mato-grossense, em 2022. A vítima do acidente mais antigo, inclusive, pede indenização ao motorista por danos materiais, morais e estéticos.
‘Princesinha da mãe’: família se despediu de médica morta nesta quarta
Familiares de Anne Carolline de Barros, de 25 anos, se despediram da médica na manhã desta quarta-feira (19), em Campo Grande. Anne morreu após um acidente na Avenida Afonso Pena, depois do carro em que estava bater em um poste.
A mãe de Anne está inconsolável, disse uma amiga da família ao Jornal Midiamax. “Ela está se apoiando nos outros filhos de 3 e 6 anos”, disse a amiga. O clima de pesar na despedida é imenso, já que muitos ainda estão em choque com a morte precoce da médica.
“Era a princesinha da mãe. Está sendo um momento muito difícil para a família”, disse a amiga. Segundo a mulher, Anne voltou para o Brasil no ano passado depois de se formar em medicina no Paraguai. Ela voltou para Campo Grande para morar com a mãe.
A amiga disse que conhecer Anne desde pequena, por ser amiga da mãe há muito tempo. “Sempre foi uma menina amável e tranquila”. O padrasto da médica falou sobre os cuidados que ela tinha com a avó sempre a acompanhando em consultas.
“Uma menina linda, bondosa, de coração imenso, muito apegada com os irmãozinhos, se divertia e alegrava em todos os lugares, buscava sempre melhorar como pessoa”, disse o padrasto de Anne.
Doação de órgãos
A família fez a doação de órgãos da médica: coração, pulmão, pâncreas, fígado, rins e córneas. O acidente que vitimou Anne Carolline aconteceu por volta das 6 horas da manhã de domingo (16). Ela foi socorrida em estado grave, sendo levada já entubada para a Santa Casa, onde passou por protocolo de morte encefálica no mesmo dia.
Acidente na Afonso Pena
De acordo com informações, o rapaz que dirigia o carro, que era alugado, disse aos policiais que não se lembrava de nada do acidente, só de estar no hospital. A resposta veio depois de ser questionado sobre a ingestão de bebidas alcoólicas antes de dirigir. O casal estava em uma festa antes do acidente.
Ainda de acordo com informações, foi possível averiguar através de vídeo das câmeras de monitoramento que o veículo era conduzido pela Avenida Afonso Pena e sem qualquer tipo de obstáculo, em uma curva, sofreu desvio direcional, momento em que sobe na calçada e bate contra o poste. Não foi notado marcas de frenagens, apenas averiguado que, com o impacto, a parte traseira do veículo sofreu deslocamento e ficou parado como se o carro estivesse em trânsito pela Rua Terenos.
Motorista de colisão na Afonso Pena é réu por outro acidente com vítima em Campo Grande
O motorista do Chevrolet Classic, de 27 anos, que deixou uma passageira, de 26 anos, em estado grave na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) da Santa Casa de Campo Grande, é réu em processo por outro acidente, ocorrido também na Capital sul-mato-grossense, em 2022. A vítima do acidente mais antigo, inclusive, pede indenização ao motorista por danos materiais, morais e estéticos.
O processo movido pela vítima, um motociclista de 25 anos, descreve que o motorista do Classic – que na época estava em um Volkswagen Gol – invadiu a preferencial na Travessa Paraopeba, na região do bairro Aero Rancho, cruzamento com a Rua Clevelândia, e ocorreu a colisão.
Os advogados da vítima expõem que “o réu-condutor não respeitou as regras de trânsito e ocasionou o acidente, no melhor entendimento, bateu no carro no qual se encontrava o requerente como motorista [neste caso, a motocicleta] num “piscar de olhos”, ocasionando assim o acidente de forma irresponsável.
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