Consta na peça acusatória que na data dos fatos, Alexandre Cavalcante de Oliveira estava em Naviraí para participar de uma missão, motivo pelo qual transitava em uma viatura descaracterizada, no caso um veículo GM Astra acautelado para uso da Polícia Federal. As vítimas, Everton da Silva Pessoa, à época com 17 anos, e mais duas jovens, voltavam de uma festa e seguiam para suas casas, caminhando pela Avenida Campo Grande.

Em frente a uma garagem de veículos, foram atropeladas pelo policial que estava embriagado. Devido à velocidade, Everton caiu sobre o capô do Astra, momento em que Alexandre freou. A vítima então caiu do capô para o chão e foi atropelada novamente pelo carro. Everton morreu minutos depois, enquanto recebia atendimento médico. Ele teve politraumatismo e várias outras lesões. As duas jovens, por sua vez, escaparam vivas.

Informações são de que elas estavam mais perto da calçada, motivo pelo qual não foram atingidas em cheio. O policial, por sua vez, fugiu do local, mas deixou para trás um dos retrovisores da viatura descaracterizada, que quebrou com o impacto. Além disso, câmeras de segurança registraram a ação. No outro dia, ao chegar para o trabalho, alegou aos colegas que havia batido em uma árvore, no entanto, não conseguiu esconder a verdade.

Testemunhas disseram que ele havia sido visto na mesma festa que as vítimas e, inclusive, visivelmente embriagado, teria mostrado uma arma para uma jovem que não correspondeu às investidas dele. Além disso, a perícia comprovou a embriaguez e constatou também que ele estava com a carteira de habilitação suspensa por ter sido flagrado embriagado. Para o MPMS, ele assumiu o risco ao sair dirigindo embriagado pela cidade.