Acidente com morte na Rua Coxim, alça da Avenida Consul Assaf Trad na manhã deste sábado (11) ocorreu durante uma conversão e o motociclista que morreu não possuía CNH (Carteira Nacional de Habilitação), consta no boletim de ocorrência registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro.

O acidente envolveu um veículo Citroen C3 e uma motocicleta Yamaha Factor. O Citroen era dirigido pelo sargento do Corpo de Bombeiros, Carlos Nilton Gumão Júnior que não ficou ferido e a motocicleta, conduzida pela vítima fatal, o mecânico Cícero Bispo Júnior, de 36 anos.

O militar seguia pela Rua Coxim no sentido centro – bairro enquanto Cícero transitava de moto no sentido oposto. A colisão ocorreu no momento em que o motorista do Citroen C3 fez uma conversão à esquerda para entrar na Rua Guilherme de Almeida, região norte da Capital. Câmeras do residencial Alphaville filmaram o momento do acidente.

De acordo com a polícia, o bombeiro havia acabado de sair de serviço e realizou teste de alcoolemia que deu negativo (de 0,00 mg/l). Também segundo o boletim de ocorrência, foi constatado que Cícero não possuía CNH.

Ainda no local do acidente, um amigo de Cícero tentou invadir a área isolada pela equipe de resgate e por desacatar um dos militares do Corpo de Bombeiros, o homem foi detido por policiais.

Família desolada

Presentes no local da tragédia, amigos e familiares de Cícero ficaram desolados. “Ele me chamava de pai. A gente era vizinho de bairro. Foi criado na minha rua. Não era de sangue, mas a consideração era muita”, diz Edevar, de 63 anos.

O filho de Cícero, Enzo Robert, de 16 anos, também esteve no local. Ainda sem acreditar, o adolescente contou que costumava pegar carona com o pai de segunda a sexta-feira para ir ao trabalho. Aos sábados, a companhia não acontecia por conta dos horários serem diferentes. “Foi ele que me arrumou o serviço [em um lava-jato]. Ele morava com a minha avó, no mesmo bairro que eu”, diz Enzo.

A mãe do jovem, ex-esposa do mecânico, estava bastante abalada com o acidente. Emocionada, Analu Pereira de Souza, de 37 anos, não sabia o que dizer. “Pai do meu filho. Estava indo trabalhar. Um trabalhador”, encerra às lágrimas.