Motorista que matou casal de idosos em acidente diz que fugia de moto

Aconteceu na tarde desta segunda-feira (27) a segunda audiência de julgamento do motorista de 27 anos, acusado de matar um casal de idosos em um acidente que aconteceu na madrugada do dia 15 de junho de 2018. O acusado não prestou depoimento, mas, ao Jornal Midiamax, a advogada de defesa Cleuza Mongenout afirmou que ele […]

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Aconteceu na tarde desta segunda-feira (27) a segunda audiência de julgamento do motorista de 27 anos, acusado de matar um casal de idosos em um acidente que aconteceu na madrugada do dia 15 de junho de 2018. O acusado não prestou depoimento, mas, ao Jornal Midiamax, a advogada de defesa Cleuza Mongenout afirmou que ele fugia de uma moto e por isso teria causado o acidente.

A audiência aconteceu na 2ª Vara do Tribunal do Juri do Fórum de Campo Grande. Nesta ocasião, a ex-namorada do motorista e policiais do Batalhão de Trânsito que atenderam a ocorrência prestaram depoimentos.

A ex-namorada, que na data do acidente ainda estava em relacionamento com o acusado, afirmou que por volta das 22h da noite anterior ao acidente, foi até o local onde ele morava. Questionada pelo promotor se ele estava embriagado, a jovem disse que ele estava começando a beber naquele horário e não estava completamente embriagado. O acidente aconteceu às 5h30 do dia seguinte.

A advogada de defesa, que pegou o caso em andamento, acredita que seu cliente não estava embriagado. “Nós trabalhamos com laudo técnico e no laudo diz que ele estava trafegando em alta velocidade e na contramão, mas não diz que ele estava embriagado. Acredito que ele estava cansado, mas não embriagado”, afirmou ela ao Midiamax.

Ainda, a advogada relatou que o acusado apresentou uma justificativa para estar trafegando em alta velocidade e na contramão. “Ele estava sendo perseguido por uma moto”, declarou Cleuza.

Em depoimento, um dos policiais do Batalhão de Trânsito que atendeu à ocorrência disse não ter conhecimento de moto, nem mesmo as demais testemunhas.

Ausência de perícia

O boletim de ocorrência que registra o acidente, diz que ele apresentava sinais de embriaguez e se recusou a fazer o teste do bafômetro. A este respeito a defesa contesta a ausência de perícia e salienta que o juiz está levando em consideração as informações prestadas pelos policiais apenas. “Nas próximas audiências vamos provar que ele não estava embriagado”, reafirma.

A próxima audiência acontece no dia 20 de setembro. A defesa ainda entrou com pedido de habeas corpus há 10 dias, mas ainda não foi julgado.

Relembre o caso

O casal de idosos Luiz Vicente da Cruz, de 69 anos, e Aparecida de Souza da Cruz, de 59 anos, foram mortos no acidente que aconteceu por volta das 5h30 do dia 15 de junho de 2018. Tanto o carro em que eles estavam, Chevrolet Corsa Sedan e o conduzido pelo acusado, um Fiat Uno, capotaram e ficaram destruídos. O acusado trafegava pela contramão e em alta velocidade pela avenida Marechal Cândido Mariano Rondon.

Em depoimento ao delegado plantonista Alberto Carneiro, o rapaz disse que voltava da casa da namorada e que havia bebido cerveja. Os policiais militares que atenderam a ocorrência disseram que não encontraram latas de cerveja no carro, mas o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) constatou a embriaguez mesmo com a negativa do motorista em fazer o teste do bafômetro.

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