Violência no trânsito é debatida em programa de rádio todas as quartas.

Em menos de uma semana o transito douradense matou três pessoas e está deixando perplexa a população que já está apontando vários pontos de estrangulamento nas ruas da cidade.

Os três locais mais vulneráveis foram apontados ontem à tarde no programa Um Só Coração da Rádio Coração FM, que todas as quartas-feiras debate questões relacionadas ao transito da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul.

No programa de ontem o guarda municipal Wesley Ferruzzi e o servidor do DETRAN há trinta Juscelino Cabral, responderam a perguntas da radialista Ozair Sanábria e dos ouvintes sobre a violência no trânsito.

A Rua Monte Alegre que corta a cidade de leste a oeste interligando vários bairros; a Rua Coronel Ponciano que dá seguimento à MS-157 que dá acesso aos bairros Guaicurus e Dioclécio Artuzi e também o cruzamento das ruas Palmeiras e Ediberto Celestino Oliveira, foram apontados como “gargalos” que precisam ser repensados.

A primeira morte da semana aconteceu na rodovia MS-157. Na noite de domingo um caminhoneiro bêbado atropelou a ciclista Camila Grecce Munhoz de apenas 17 anos que morreu um dia depois no Hospital da Vida.  Neste local a via não tem iluminação e a sinalização é precária. Vários loteamentos foram abertos sem que houvesse uma preocupação e readequar a via e reordenar o trânsito.

Na manhã de ontem mais uma vítima no trânsito.  A dona de casa Elisabete de Melo Batista que iria completar 36 anos no dia sete de setembro morreu no cruzamento das ruas Palmeiras com Ediberto Celestino de Oliveira.  Ela foi atingida por uma picape Montana e teve morte instantânea. O local está bem sinalizado, mas pelo fato do asfalto ter sido recuperado e haver um declive os motoristas empreendem alta velocidade, disse Juscelino durante o programa.

A terceira morte ocorreu na madrugada de hoje. Por volta das 02h30 o pedreiro José Aparecido Espíndola Ajala de 40 anos morreu ao bater o seu veículo em um poste da Energisa.

O acidente aconteceu na Rua Monte Alegre outro ponto de transito complicado. O carro do pedreiro só parou ao atingir o portão de uma casa.

José Aparecido estava em alta velocidade e no asfalto há uma marca de frenagem de mais de 12 metros e segundo familiares, o pedreiro nos últimos tempos está apresentando problemas com o alcoolismo.

O diretor da AGETRAN (Agência Municipal de Trânsito) Carlos Fábio Serlhost afirmou que o órgão está atendo aos problemas do transito de e está discutindo com moradores e comerciantes destes três locais para encontrar soluções na intenção de diminuir os acidentes e as mortes.

Durante o programa tanto Ferruzzi quanto Juscelino são unânimes sobre as questões que envolver o trânsito de Dourados. Ferruzzi disse que nos últimos anos Dourados cresceu muito com a criação de novos bairros e um aumento considerável de veículos em circulação. Estes dois fatores, segundo eles, contribuíram para o aumento dos acidentes.

Ferruzzi sugere um amplo debate sobre a questão para que a AGETRAN possa encontrar uma saída para a humanização do trânsito através de medidas práticas na sinalização viária e também na educação de motoristas, motociclistas e pedestres.