Sobrevivente de dois acidentes aéreos volta a jogar basquete

Sobrevivente de dois acidentes aéreos, que tiraram as vidas do pai, da mãe, e de dois irmãos, Austin Hatch, de 19 anos, voltou a jogar basquete depois de três anos, na noite dessa quarta-feira, na Califórnia, Estados Unidos. Hatch, que foi colocado em coma induzido pelos médicos por oito semanas, em 2011, para se recuperar […]

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Sobrevivente de dois acidentes aéreos, que tiraram as vidas do pai, da mãe, e de dois irmãos, Austin Hatch, de 19 anos, voltou a jogar basquete depois de três anos, na noite dessa quarta-feira, na Califórnia, Estados Unidos.

Hatch, que foi colocado em coma induzido pelos médicos por oito semanas, em 2011, para se recuperar de uma lesão cerebral causada pelo impacto da aeronave com o solo, além de uma clavícula quebrada e um pulmão perfurado. acertou o primeiro arremesso que tentou pelo time da Escola de Loyola, no estado da Califórnia, onde está cursando o ensino médio.

A cesta de três pontos fez com que os jogadores do banco de reservas e o técnico Jamal Adams invadissem a quadra, o que gerou uma falta técnica.

“Foi a melhor falta técnica das quais já fiz parte”, disse o treinador ao Los Angeles Times, depois da vitória por 87 a 59. “Ele converteu os três pontos e o nosso banco de reservas explodiu. É inacreditável o que esse garoto enfrentou e o quão duro tem trabalhado”, afirmou Jamal Adams.

Austin Hatch, um garoto de 2,01m de altura, sofreu o segundo acidente aéreo da vida dele em 2011, apenas duas semanas depois de ter se comprometido verbalmente a jogar basquete pela Universidade de Michigan, assim que concluísse o ensino médio. Na época, ele era destaque das competições escolares pelo time da Canterbury High School, de Fort Wayne, estado de Indiana, com médias de 23 pontos e nove rebotes por jogo.

Em 2013, a Universidade de Michigan decidiu honrar o compromisso e assinar Austin Hatch uma carta de intenções para dar a ele uma bolsa de estudos pelo time de basquete. Porém, não se sabia se Hatch seria capaz de se recuperar das lesões cerebrais, física e mentalmente, para voltar às quadras em nível competitivo.

Porém, Hatch está determinado a jogar. Mesmo reconhecendo os obstáculos que ainda tem que superar. “O que antes era instintivo, agora tenho que pensar para realizar”, ele explicou. “Vai levar mais algum tempo. Mas tenho trabalhado nos meus fundamentos. Tenho trabalhado em cada e em todos os detalhes para voltar à quadra”, disse o garoto em novembro.

A recuperação física, emocional e mental de Austin Hatch tem avançado devagar mas estavelmente, segundo especialistas. E a partir do feito dessa semana, efetivamente, nada mais parece impossível para ele.

“Esse menino tem me ensinado que você pode se recuperar de qualquer coisa, que nada é impossível. Foi um momento espiritual”, disse o técnico Jamal Adams.

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