Após um ano e cinco dias, a Justiça concedeu a liberdade ao jovem Aderivaldo de Souza Ferreira Junior, de 26 anos. Ele estava preso desde o dia 3 de agosto do ano passado, após se envolver em um acidente de trânsito que deixou três amigos feridos. Uma das vítimas ficou em coma por um mês.

A defesa do rapaz é feita pelos advogados José Roberto Rosa e Marcus Vinícius Machado. Segundo Rosa, a defesa entrou um pedido de liberdade e um habeas corpus antes mesmo da 1ª audiência, porém, os dois foram negados. O advogado entrou com outro habeas corpus que também foi negado. O recurso foi então direcionado ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Foi realizada a 2ª audiência e o advogado sustentou a tese de crime de trânsito ou lesão corporal.  Após a audiência, o juiz manteve a decisão de Ferreira Junior ir a júri popular.

A defesa então entrou com um recurso em sentido estrito e tentou novamente descaracterizar o crime. O recurso começou a ser julgado na segunda-feira e a decisão saiu nesta sexta-feira (8). A expectativa dos advogados é com a nova legislação ocorra um redimensionamento da pena e que ele não seja levado a júri popular.

Ferreira Junior confirma que chegou a ingerir bebida alcoólica no dia do acidente, mas afirma que não foi uma quantidade exagerada.  Ele também nega estar em alta velocidade, como consta na denúncia, onde também é cogitada a hipótese de ‘racha’. “Estava no embalo da conversa, mas não tinha como estar em a 120 km/h, pois já estava reduzindo para parar na lanchonete”, diz o rapaz. “Apesar do trauma, nunca levei para o caminho da raiva. Tudo que vai ficar é de aprendizado”, conclui.

Acidente

No dia 3 de agosto do ano passado, Ferreira Junior conduzia embriagado um veículo Fiat Uno, na Rua Ceará, que colidiu contra um poste de iluminação, causando ferimentos em três passageiros.

Os jovens Lucas Adriano Leite Nogueira de Oliveira e Otávio Sol Cotte tiveram ferimentos leves e moderados. Já Catarina Rosa Mantovan ficou coma induzido e estado grave na de Campo Grande por quase um mês.