Testemunha afirma que motorista envolvido em acidente com morte avançou sinal vermelho
Fabio Henrique Gomes de Oliveira, que dirigia carro preto, confirma que sinal estava fechado para camionete. Veja depoimentos da família do jovem morto
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Fabio Henrique Gomes de Oliveira, que dirigia carro preto, confirma que sinal estava fechado para camionete. Veja depoimentos da família do jovem morto
Negligência ao volante e ingestão de álcool foram os fatores que ocasionaram o acidente de trânsito na rua Bahia com a avenida Afonso Pena, na última segunda-feira (11), no qual matou o pernambucano José Pedro Alves da Silva, de 22 anos. A conclusão é do delegado responsável pelo caso, Wellington de Oliveira. Na manhã desta sexta-feira (15), o motorista do Honda Civic preto, Fabio Henrique Gomes de Oliveira, 29 anos – que aparece nas imagens da câmera de segurança de uma lanchonete aparentemente deixando o local do acidente – prestou depoimento à Policia Civil. Wilker Mariano, 27 anos, funcionário de Fábio também depôs.
Fabio confirma que o motorista da caminhonete Mitsubish L200 Triton, Diogo Machado Teixeira, de 36 anos, avançou o semáforo vermelho. “Eu vinha logo em seguida, vi o táxi e notei que ele não ia parar. Desviei meu carro por reflexo, instinto. Não sabia que direção os carros iriam, foi apenas para desviar e não me envolver na batida também”, afirmou o comerciante.
O delegado Wellington ressaltou que o depoimento de Fabio foi primordial para auxiliar na elucidação do acidente. “Ele é a testemunha ocular de que Diogo furou o sinal. Se havia alguma pessoa que pudesse falar seria o motorista do Civic”.
Wellington eliminou a possibilidade de indiciar Fabio por omissão de socorro. O comerciante disse que permaneceu no local do acidente e esperou o socorro das vítimas. “Dei a volta no quarteirão e quando vi o motorista da caminhonete mexendo nas vítimas para eles não dormirem, eu pedi para ele parar porque não se pode mexer daquele jeito. Foi uma cena horrível que eu quero esquecer”.
A reportagem do Midiamax teve acesso a comanda de Diogo, que demonstra que ele consumiu na noite do acidente, quatro cervejas, duas doses de vodka e uma dose de energético. O valor total da conta ficou em R$ 87,75 e foi paga com cartão de crédito.
O delegado contou que a família de José não foi assistida por Diogo e que o corpo da vitima chegou à sua terra natal, Afogado de Ingazeira (PE), em um saco preto. “O que a família pede é justiça e a polícia está trabalhando para mantê-lo preso”, destacou.
Josefa Alves da Silva, mãe de José, estava inconformada com a morte de seu filho. “Eu já tinha perdido um filho, mas foi Deus quem levou. Mas esse não. Um assassino veio e levou meu filho. Agora sou só eu, minha filha e um netinho. Espero em Deus que eu veja justiça. Um menino trabalhador com tudo para viver ainda”, lamentou.
A polícia ainda vai ouvir o depoimento da passageira do táxi que parou para prestar socorro, e as vítimas do acidente que seguem internadas: o motorista, Sebastião Mendes da Rocha, de 51 anos e o outro passageiro, Ramon Rudiney Tenório, de 21 anos. Já foi ouvido também o taxista que seguia atrás, e Diogo, que continua preso na Delegacia Especializada na Repressão de Roubos e Furtos.
O delegado responsável pelo caso informou que o inquérito deve ser encerrado entre terça-feira e quarta-feira da semana que vem.
Assista ao vídeo da família de José Pedro Alves da Silva:
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