‘Não foi acidente’: Família e amigos protestam por morte de militar em passeata
Um grupo de aproximadamente 30 pessoas saiu às ruas de Campo Grande para protestar contra a impunidade no trânsito. Convocado pelo grupo “Não foi acidente”, o movimento tem como finalidade alertar a população de uma forma geral, quanto aos riscos de beber e dirigir e também as autoridades, cobrando maior rigor na aplicação das leis. […]
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Um grupo de aproximadamente 30 pessoas saiu às ruas de Campo Grande para protestar contra a impunidade no trânsito. Convocado pelo grupo “Não foi acidente”, o movimento tem como finalidade alertar a população de uma forma geral, quanto aos riscos de beber e dirigir e também as autoridades, cobrando maior rigor na aplicação das leis.
A passeata de hoje, convocada através de panfletos e redes sociais, foi motivada pela morte do policial militar Gilliard Félix da Silva, que sofreu um acidente na saída para Cuiabá, no dia 25 de março e morreu no dia 4 de abril.
Segundo Maria de Fátima da Silva, 48 anos, tia e madrinha de Gilliard, o acidente aconteceu depois que um motorista embriagado, conduzindo uma camionete Ranger, entrou na contramão e bateu violentamente contra o carro, uma Saveiro, onde estava a vítima.
“A Lei Seca só existe na TV e no local do acidente. Depois disso não serve mais para nada. As pessoas não estão dando respeito à vida humana”, afirmou Maria de Fátima, que já havia perdido um irmão, de 52 anos, em outro acidente em 2008, atropelado quando andava de bicicleta.
Andrea Ferraz Oliver, 46 anos, professora, irmã de Igor Ferraz Oliver, vítima de um acidente automobilístico na rodovia próximo a Camapuã, em maio de 2012, também estava participando. “Um caminhão invadiu a pista contrária, passou sobre o carro do meu irmão e o motorista está aí solto, continua a dirigir sob o risco de continuar matando”, afirmou indignada.
Ele afirmou que tomou conhecimento da manifestação de hoje através de internet e em contato com amigos decidiu engrossar o movimento.
A irmã de Gilliard, a jornalista Aline Peixoto Lira, de 24 anos, foi quem teve a ideia de convocar a passeata. “O que aconteceu com meu irmão foi u8m crime de trânsito e o responsável está ai solto, mesmo já respondendo por outros crimes. Queremos alertar a população e também mudar esta lei de trânsito”, afirmou Aline, que informou que durante a manifestação estão sendo colhidas assinaturas para que a Lei do Trânsito seja modificada.
Até mesmo quem não estava participando da passeata manifestou apoio, como é o caso do empresário Sérgio Cavalcante Gomes Júnior, 30 anos.
Ele chegou nas proximidades da praça do Rádio Clube, onde estava acontecendo a concentração e lamentou estar trabalhando pois a idéia era fazer parte da manifestação.
“A manifestação é válida. Hoje veio essa quantidade de pessoas mas certamente nas próximas o número será maior. É preciso que as pessoas tenham mais consciência no trânsito para evitar tantas mortes”, afirmou.
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