Pilotos do voo 447 podem ter tentado desviar de zona de turbulência na noite do acidente

O Escritório de Investigações da França (BEA), que apura as causas do acidente com o voo 447, da Air France, que seguia do Rio de Janeiro para Paris e caiu em 31 de maio de 2009, divulgará os resultados no fim do próximo mês. A informação é do secretário dos Transportes da França, Thierry Mariani. […]

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O Escritório de Investigações da França (BEA), que apura as causas do acidente com o voo 447, da Air France, que seguia do Rio de Janeiro para Paris e caiu em 31 de maio de 2009, divulgará os resultados no fim do próximo mês. A informação é do secretário dos Transportes da França, Thierry Mariani. Uma das hipóteses investigadas é que os pilotos da aeronave desviaram das áreas de turbulência na noite do acidente.

As informações são da Rádio França Internacional (RFI). Pelas análises preliminares das caixas-pretas do voo 447, resgatadas no início deste mês, os pilotos do Airbus 330 evitaram as áreas de turbulência comuns na zona de convergência tropical, situada entre a África e a América do Sul, onde caiu a aeronave.

Em comunicado divulgado anteontem (17), o Sindicato Nacional dos Pilotos de Linha da França rechaçou informações não oficiais de que o acidente foi causada por falha humana – atribuída aos pilotos. “O sindicato não aceitará que os pilotos mortos na catástrofe sejam condenados pela opinião pública antes que todas as causas do acidente sejam esclarecidas”, diz o texto.

O diretor de investigação do BEA, Alain Bouillard, afirmou que foram descartadas algumas hipóteses nessas apurações. Ele citou como exemplos a pane elétrica total e a pane do motor. De acordo com Bouillard, outros defeitos ainda podem ser considerados. Em memorando interno enviado aos clientes, a Airbus assegurou que não há necessidade de modificações no sistema do avião.

Inicialmente, a previsão era que o resultado dos exames das caixas-pretas só ficaria pronto em 2012. As caixas-pretas enviadas a Paris, no último dia 1º, e dois corpos resgatados do fundo do mar são analisados por especialistas franceses. A equipe do Navio Ile de Sein foi reforçada e dará continuidade ao resgate dos restos mortais em condições de serem identificados. No acidente, morreram 228 pessoas de várias nacionalidades.

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