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Polícia

Suposta trégua entre PCC e CV envolveria ‘paz’ para narcotráfico em Mato Grosso do Sul

Em Mato Grosso do Sul, a trégua deve afetar situação em Sonora
Diego Alves -
Marcola, chefe do PCC

Suposta trégua entre PCC e CV envolveria “paz” para narcotráfico em , após Marco Willian Herbas Camacho, o Marcola, e Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, firmarem trégua entre as duas maiores facções criminosas de narcotraficantes do país, o PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho), conforme publicou o UOL.

Em Mato Grosso do Sul, a trégua deve afetar situação em Sonora, na divisa com MT, que vive onda de violência, além das rotas da Bolívia e até às divisas com SP, PR e MG, por onde saem maiores cargas

A “paz” nacional entre as facções foi confirmada pelo UOL com cinco fontes, de São Paulo, , Brasília, Ceará e Amazonas. Uma das fontes é ligada diretamente a Marcinho VP.

“Na verdade, desde a remoção [para o sistema penitenciário federal] do Marcola e demais lideranças do PCC [em 2019] já havia esse pensamento de uma trégua para poderem juntos tentar derrubar os rigores do sistema penitenciário federal. Agora se concretizou”, afirmou o promotor de Justiça de São Paulo Lincoln Gakiya ao UOL.

São dois os objetivos principais dos maiores narcotraficantes do país: o primeiro é o de afrouxar as regras do sistema penitenciário federal, onde Marcola e Marcinho VP estão detidos há anos.

Um dos receios revelados pelas autoridades ouvidas pela reportagem é o de que as facções se unam para executar planos de fuga de seus líderes. O outro é o de atuar conjuntamente nas duas grandes rotas de tráfico de cocaína do Brasil: a rota caipira, dominada majoritariamente pelo PCC, que começa pela Bolívia e passa por municípios paulistas até chegar ao porto de Santos, e de lá levar a droga para países da Europa e África; e a rota do Solimões, na Floresta Amazônica, dominada pelo CV.

Um líder comunitário do Ceará, que exerce a função de mediador de conflitos entre membros de facções rivais no estado, disse à reportagem que se intensificou nesta quarta-feira (12) ordens dadas pelo CV em periferias de Fortaleza que impedem ataques a membros do PCC.

Também na quarta, agentes federais relatam ao UOL ter identificado as mesmas ordens em diversos estados do Norte e do Nordeste — regiões onde, atualmente, o CV tem uma presença territorial maior do que o PCC.

A inteligência da Segurança Pública do Amazonas também identificou que procede a trégua entre CV e PCC no estado. Apesar disso, há regiões estratégicas com atual conflito armado entre as duas facções.

Nos últimos anos, as duas facções estão em guerra pelo domínio do submundo do narcotráfico. O principal motivo foi o projeto de expansão do PCC para todos os estados brasileiros, o que chocou com o interesse de criminosos locais e do CV.

Desde então, as disputas evoluíram ou recuaram a partir de cada realidade regional. A face mais visível da disputa são os massacres ocorridos nos presídios.

O caso mais marcante foi o de , no primeiro dia de 2017, quando presos ligados à FDN (Família do Norte, aliada do CV) mataram 56 rivais do PCC, no principal presídio da capital amazonense. (Informações do UOL)

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