O Ministério Público do Paraguai solicitou o arquivamento do inquérito aberto após a morte do deputado Eulalio Lalo Gomes. O parlamentar morreu nas mãos da polícia em seu próprio quarto durante uma operação em Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul
O documento que pede o arquivamento do processo que investiga a morte do político cartista, após uma busca em sua casa em agosto de 2024, foi apresentado pelo promotor assistente Cristian Ortiz na manhã desta quinta-feira.
Segundo informações do Última Hora, o pedido foi feito perante o Juizado Penal de Garantias nº 2 de Pedro Juan Caballero, Amambay, a cargo do juiz Martín Areco Torraca, informou o correspondente do Última Hora, Marciano Candia.
“O promotor responsável pelo caso, César Morales, nos disse ou nos fez saber que não poderia prosseguir com a investigação devido a instruções dos promotores Luis Said e Christian Ortiz, que estão em Assunção seguindo instruções da promotora adjunta Matilde Moreno”, explicou ao NPY Oscar Tuma, advogado da família de Lalo Gomes.
Em sua opinião, tudo isso tem o único propósito de “impedir que as pessoas saibam a verdade” e os motivos que levaram à morte do político de Pedro Juan.
Tuma descreveu o pedido como “absurdo” e disse que não havia necessidade de levantá-lo e tentar impedir que a investigação continuasse, caso novos elementos surgissem.
“De qualquer forma, o caso poderia ter sido encerrado para que novos elementos pudessem surgir, mas com isso estão tirando toda a possibilidade de dar continuidade ao caso”, explicou.
Ele então brincou que os promotores estavam mantendo o caso aberto há anos pelo roubo de uma galinha. O assassinato do deputado ocorreu em agosto de 2024.
“Não há intenção aqui, nunca houve intenção de descobrir o que aconteceu no dia em que o deputado foi morto. Há muitas dúvidas. Há muito o que investigar”, pontuou o advogado.