A Justiça decretou a prisão preventiva da mãe, de 21 anos, que deu entrada com a filha, de apenas sete meses, sem vida, na Santa Casa de Bataguassu, cidade a 335 quilômetros de Campo Grande. O caso ocorreu na última quinta-feira (23), mas a suspeita passou por audiência de custódia somente nessa segunda-feira (27).
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A bebê, ao dar entrada no pronto-socorro, apresentava rigidez cadavérica, sangramento no ouvido, queimaduras — condizentes com cinzas de cigarros — lesão no crânio e fungos na parte íntima. Contudo, a mulher não soube informar a causa da morte da filha. Ela alegou que foi dormir com a bebê e, quando, por volta das 7h, acordou, ela já estava sem sinais de vida.
A decisão foi proferida pelo juiz Rodrigo Pedrini Marcos, de Três Lagoas. “Homologo a prisão em flagrante e converto-a em prisão preventiva, diante da gravidade dos fatos praticados contra uma criança com menos de um ano, pela sua própria mãe, quem tem o dever de proteção”, diz trecho da decisão.
O juiz acolheu a tese de que os atos praticados sejam considerados homicídio. “Acolho a manifestação para considerar os atos praticados como homicídio com dolo eventual qualificado”, decidiu em outro trecho.
Noite anterior da morte
Após as diligências, a polícia apurou que a mãe da bebê fez uso excessivo de álcool e cigarro, e que, inclusive, na noite anterior à morte da criança, havia ingerido uma caixa de cerveja juntamente com sua mãe e padrasto.
Além disso, a possível causa da morte seria asfixia mecânica secundária a traumatismo cranioencefálico seguido de hemorragia subdural aguda.
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