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Polícia

Juliano diz que facão ‘escorregou’ no pescoço de Rose após briga por mensagens

Autor de feminicídio negou ter colocado crucifixo ao lado do corpo da namorada morta em MS
Thatiana Melo -
Rose foi morta com golpes de facão no pescoço.

Juliano Pinheiro de Oliveira, de 40 anos, feminicida de Rose Antonio de Paula, em depoimento depois de sua prisão, nesta segunda-feira (30), disse que o facão que matou a namorada teria escorregado da bainha e passado por seu pescoço.

Na delegacia, Juliano contou que vivia um relacionamento com Rose há 1 ano e 3 meses, mas que a conhecia há 3 anos. Juliano afirmou que, após ela registrar três boletins de ocorrência contra ele, por e de vulnerável, o casal se separou.

Juliano disse que, no dia 27 de junho, ele e Rose chegaram à cidade e, por volta das 17 horas, foram a um bar, onde ficaram até por volta das 19h30, quando voltaram para a quitinete, já que viajariam no dia seguinte. Mas Rose disse a Juliano que estava com fome, e ele saiu para comprar um lanche para ela.

Ele voltou logo depois, pois havia esquecido a carteira, e, quando entrou no quarto, Rose o derrubou na cama afirmando que havia visto mensagens em seu celular. Conforme o relato do autor, Rose disse a ele que o mataria por tê-la traído.

Nisto, ela teria retirado o facão que estava escondido embaixo do colchão e os dois passaram a lutar no quarto, quando a bainha do facão escorregou e, segundo Juliano, a lâmina passou pelo pescoço da vítima. Ele negou ter colocado crucifixo ao lado do corpo da namorada morta.

Juliano negou ter tomado banho logo após o crime e disse que, antes de fugir, passou no seu irmão e afirmou que achava ter feito uma ‘cagada’. 

Feminicídio

Na manhã de sábado (28), mulheres que costumavam tomar café da manhã com a vítima em um restaurante notaram sua ausência e tentaram contato por ligações telefônicas. No entanto, Rose não atendeu e as amigas foram até a quitinete onde ela morava.

Ao se aproximarem do imóvel, as mulheres perceberam marcas de sangue debaixo da porta. Ao entrar na casa, encontraram a amiga sem vida, caída no chão.

A PM (Polícia Militar) foi acionada para o local, mas o suspeito havia fugido em uma motocicleta, de cor vermelha. Juliano teria chegado em casa por volta das 20h de sexta (27) e, cerca de uma hora depois, saiu sozinho.

Denúncia por estupro

Em maio de 2023, Rose denunciou Juliano por estuprar uma criança, de 7 anos. Uma outra denúncia contra o suspeito foi feita quando os dois ainda mantinham um relacionamento.

Em outubro de 2022, Rose procurou a delegacia para registrar um boletim de ocorrência contra ele. Na delegacia, contou que foi agredida com socos no rosto. A filha dela, de 8 anos, também foi agredida ao tentar defender a mãe. Juliano ameaçou matar Rose e chegou a ser preso, na época.

Preso nesta segunda-feira (30), o suspeito tem várias passagens por ameaça, lesão corporal dolosa no âmbito da violência doméstica e estupro de vulnerável.

17° feminicídio

Rose é a 17ª vítima nos registros de feminicídios cometidos em , apenas no ano de 2025.

Vítimas:

  • Karina Corim (Caarapó) – 4 de fevereiro
  • Vanessa Ricarte (Campo Grande) – 12 de fevereiro
  • Juliana Domingues (Dourados) – 18 de fevereiro
  • Mirielle dos Santos (Água Clara) – 22 de fevereiro
  • Emiliana Mendes () – 24 de fevereiro
  • Gisele Cristina Oliskowiski (Campo Grande) – 1º de março
  • Alessandra da Silva Arruda (Nioaque) – 29 de março
  • Ivone Barbosa (Sidrolândia) – 17 abril
  • Thácia Paula (Cassilândia) – 11 de maio
  • Simone da Silva (Itaquiraí) – 14 de maio
  • Olizandra Vera Cano (Coronel Sapucaí) – 23 de maio
  • Graciane de Sousa Silva () – 25 de maio
  • Vanessa Eugênio Medeiros e a filha dela, Sophie Eugenia Borges (Campo Grande) – 28 de maio
  • Eliana Guanes (Corumbá) – 6 de junho
  • Doralice da Silva (Maracaju) – 20 de junho
  • Rose Antônio de Paula (Costa Rica) – 27 de junho

📍 Onde buscar ajuda em MS

Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira está localizada na Rua Brasília, s/n, no Jardim Imá, 24 horas por dia, inclusive aos finais de semana.

Além da DEAM, funcionam na Casa da Mulher Brasileira a Defensoria Pública; o Ministério Público; a Vara Judicial de Medidas Protetivas; atendimento social e psicológico; alojamento; espaço de cuidado das crianças – brinquedoteca; Patrulha Maria da Penha; e Guarda Municipal. É possível ligar para 153.

☎️ Existem ainda dois números para contato: 180, que garante o anonimato de quem liga, e o 190. Importante lembrar que a Central de Atendimento à Mulher – 180 é um canal de atendimento telefônico, com foco no acolhimento, na orientação e no encaminhamento para os diversos serviços da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres em todo o Brasil, mas não serve para emergências.

As ligações para o número 180 podem ser feitas por telefone móvel ou fixo, particular ou público. O serviço funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive durante os finais de semana e feriados, já que a violência contra a mulher é um problema sério no Brasil.

Já no Promuse, o número de telefone para ligações e mensagens via WhatsApp é o (67) 99180-0542.

📍 Confira a localização das DAMs, no interior, clicando aqui. Elas estão localizadas nos municípios de Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.

⚠️ Quando a Polícia Civil atua com deszelo, má vontade ou comete erros, é possível denunciar diretamente na Corregedoria da Polícia Civil de MS pelo telefone: (67) 3314-1896 ou no GACEP (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), do MPMS, pelos telefones (67) 3316-2836, (67) 3316-2837 e (67) 9321-3931.

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