Uma escola municipal de Ponta Porã, a 315 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai, está sendo investigada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) após denúncias de negligência no atendimento a crianças com deficiência.
Na denúncia registrada na Ouvidoria do órgão, consta que os profissionais da escola não estariam preparados para atender crianças com deficiência. Há relatos de crianças sujas, com marcas de rabiscos e cadeirantes que ficam por longo período na mesma posição.
Pela localidade da escola, na fronteira, pais relatam medo de formalizar as queixas.
O Conselho Tutelar foi ao local e realizou diligências, quando foram informados pela gestão que os profissionais de apoio são contratados com exigência de ensino médio, porém muitos têm formação em pedagogia e pós-graduação. Além disso, explicou que os profissionais buscam se adaptar às necessidades específicas dos alunos, como, por exemplo, uma criança com Síndrome de Down que se comunica por meio de rabiscos.
Em uma segunda visita do Conselho Tutelar, observaram a dificuldade de uma criança cadeirante. A justificativa era de que o contato direto poderia assustar os demais alunos, o que levantou dúvidas sobre a transparência da escola e a real situação do atendimento prestado, segundo o MPMS.
Agora, o órgão analisa os relatórios do Conselho Tutelar para definir os próximos passos da investigação e poderá adotar medidas como novas diligências, fiscalização do trabalho dos profissionais envolvidos e ações legais para corrigir possíveis falhas.
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