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Polícia

Amigo lembra que viu estudante bebendo cerveja antes de atropelar e matar corredora

Amigos de João Vitor Vilela são ouvidos na segunda audiência do caso nesta terça-feira (10)
Layane Costa, Lívia Bezerra -
João Vitor Vilela responde em liberdade desde março. (Foto: Madu Livramento, Midiamax)

Um dos amigos do estudante de Medicina João Vitor Vilela lembrou que viu o jovem bebendo cerveja antes de atropelar e matar a corredora Danielle Correa de Oliveira na MS-010, em . Ele é ouvido na segunda audiência do caso, que ocorre desde as 14h30 desta terça-feira (10), no Fórum Heitor Medeiros.

O amigo contou que, no dia anterior ao , esteve com o estudante até as 19h e depois cada um foi para a casa. Horas depois, eles se encontraram em um bar na Avenida Afonso Pena e o amigo se lembrou que viu João tomando cerveja.

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“A gente chegou lá era umas 23h30 e ficamos até 1h20 da manhã. Estávamos em vários amigos, a turma ajuntou para comemorar com o pessoal. Eu me retirei antes dele, mas o João já não estava mais, ele foi para outro local. Eu me recordo dele bebendo apenas cerveja, não prestei atenção quantas vezes ele foi buscar mais. Ele ficou a todo momento tranquilo, só aparentava estar cansado, mas sem relação ao álcool”, relatou.

Durante o depoimento, ele ainda falou sobre o estudante de Medicina. “O João nunca foi de beber muito, nunca vi ele tendo discussão com ninguém e nem nada do tipo. Ele nunca teve nenhum tipo de problema com ninguém e nem foi de beber muito. Era um excelente aluno, e se dava muito bem com os colegas de trabalho e os pacientes, nunca teve nenhum tipo de problema com os colegas, acadêmicos e médicos formados, sempre elogiam ele. Sempre se deu bem com todo mundo e dedicado”, disse.

Quem também foi ouvida na sala de audiências do Fórum de Campo Grande pelo juiz de Direito Aluizio Pereira dos Santos é uma médica de , que mora em Piranhas, cidade natal do estudante de Medicina.

Ela contou que conhece João desde a infância e sempre via o rapaz na rua e em festas pela cidade. Disse também que o acidente que ocasionou na morte da corredora deixou toda a população chocada em Piranhas.

“Eu nunca vi o João Vitor dessa forma, quando eu soube desse acidente, pelas redes sociais, todas as pessoas estavam falando sobre isso, foi algo que chocou a cidade de Piranhas. Mas eu nunca pensei que essa pessoa seria o João Vitor. Foi realmente um choque para todo mundo”, disse.

Ainda em seu depoimento, a médica e amiga do estudante de Medicina falou que notou o sofrimento dele na audiência de custódia. No dia 16 de fevereiro, um vídeo da audiência de custódia mostrou o estudante de Medicina aos prantos ao ouvir a decisão do magistrado no Fórum da Capital.

“Eu vi o Vitor em uma das audiências que foi divulgado, eu consegui ver o sofrimento dele, ele não estava fingindo sofrimento. Ele é uma pessoa humana que errou…”, relatou a médica.

Primeira audiência

Durante seu testemunho, a vítima sobrevivente pediu para que o acusado, João Vilela, fosse retirado. Todos os outros testemunhos foram feitos na presença do estudante.

Segundo o advogado de defesa de João, José Roberto Rosa, a audiência foi dentro da normalidade e importante para a defesa, pois as testemunhas puderam falar sem “aquele nervosismo de ser ouvido logo após o evento”. Isso porque as mesmas pessoas que estiveram na audiência nesta terça foram ouvidas logo que o acidente ocorreu. Conforme o , isso permitiu que elas retratassem “com maior veracidade tudo aquilo que aconteceu”.

“O que discordamos da acusação é apenas no tocante ao tipo penal. Não estamos negando a embriaguez, não estamos negando o evento ocorrido, não há negativa de autoria. O que discordamos aqui é que o Ministério Público diz que está se tratando de um homicídio com dolo eventual e, portanto, a pena prevista vai de 6 a 20 anos, mas nós estamos dizendo que estamos tratando de um crime culposo, previsto no Código de Trânsito”, aponta a defesa.

Liberdade do estudante

No dia 11 de março, a Justiça havia negado um pedido de liberdade impetrado pela defesa. Mas o estudante ganhou a liberdade provisória, com algumas medidas cautelares.

“Concedo a liberdade provisória para responder ao processo em liberdade, sob o compromisso de comparecer sempre que necessário aos atos do processo, de não mudar de residência sem prévia permissão da autoridade processante ou ausentar-se por mais de 8 (oito) dias de sua residência sem comunicar ao juízo.

Diante das particularidades do caso, necessária, ainda, a suspensão da habilitação para condução de veículo automotor, proibido o Paciente, sob as penas do art. 312, parágrafo único, do CPP, de dirigir veículo automotor durante o curso do processo e de frequentar bares e estabelecimentos congêneres, onde se promova a venda e consumo de bebidas alcoólicas”, diz a decisão.

Estudante de Medicina chorou ao ouvir decisão de prisão

Vídeo da audiência de custódia, que ocorreu no dia 16 de fevereiro, mostra o estudante de Medicina aos prantos ao ouvir a decisão do magistrado no Fórum de Campo Grande.

Nas imagens, é possível ver o estudante de cabeça baixa e, quando ouve a decisão do juiz, vai aos prantos. Ele estava embriagado quando dirigia o carro e atropelou Danielle, que treinava para uma maratona com um grupo, na MS-010.

João se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas era visível seu estado de embriaguez. O estudante utilizava uma pulseira de uma casa noturna localizada na Avenida Afonso Pena e, dentro do veículo, foram encontradas latas e garrafas de cerveja.

Estudante em audiência de custódia. (Foto: Leitor Midiamax)

Motorista desorientado

A publicitária Gisele Dias praticava corrida com a vítima e estava no grupo que treinava na manhã de sábado (15 de fevereiro).

“Ele [o motorista embriagado] falava que estava indo para a casa dele, falava que morava em Campo Grande, outra hora ele falava que morava perto da Santa Casa, outra hora falava que morava perto do shopping, e a gente estava indo a Rochedo, estávamos a 7 km de Campo Grande”, detalhou a atleta.

“Ele [o motorista] estava muito distante de onde ele pensava que ele estava indo, totalmente sem noção de qualquer coisa”, completa Gisele.

“Não deveriam ser só crimes hediondos que deveriam ser inafiançáveis. Isso foi um crime hediondo, gente, precisa ser revisto isso. Não dá para a pessoa deliberadamente se embriagar, pegar o carro, sair, atropelar uma pessoa, matar uma pessoa, depois voltar para casa e seguir a vida dele. O rapaz, ele estava extremamente embriagado”, desabafou.

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