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Polícia

Alvos de operação do Gaeco, membros do PCC são condenados a 54 anos de prisão

Na época, operação cumpriu 54 mandados contra a facção
Thatiana Melo -
Integrantes da facção foram alvos da Operação Ponto Cego.

Alvos de uma operação do em 2021, membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) foram condenados a mais de 54 anos de prisão. A Operação Ponto Cego cumpriu, na época, 54 mandados contra a facção.

A condenação foi publicada no Diário da Justiça. Os julgados foram  Everton Luís da Silva Rezende, João Batista Aguiar Galdino, Laudeir Faustino, Luiz Fernando Ferreira, Sidi Leandro Camara e Thiago Henrique Dias de Assis Silva.

Everton, João, Laudeir, Luiz, Sidi e Thiago foram condenados a 6 anos e 10 meses de prisão cada um. Também foram condenados Davi, a 3 anos e 6 meses; Justo, a 5 anos e 8 meses de prisão; e Leonardo, a 4 anos e 2 meses. 

Eles foram condenados por organização criminosa e uso de arma de fogo. Em 7 de julho de 2020, a Operação Ponto Cego cumpriu 54 mandados em Mato Grosso do Sul contra o PCC (Primeiro Comando da Capital), dos quais 40 foram de prisão preventiva. 

Denunciados

Na denúncia que trata das lideranças da facção, o Gaeco cita escutas telefônicas que teriam levado a operação até os integrantes. A princípio, parte deles já estava presa antes da operação. Foram denunciados: Douglas Gonçalves da Silva, Rodrigo Vieira Cristaldo e Lucineis Lino dos Santos, que estavam presos na , na época.

Também, André Jorge Alvares, que estava na Gameleira; Everton Otaviano de Souza, que estava no Centro de Triagem; e uma mulher, que estava em liberdade.

O Gaeco aponta os denunciados como lideranças da facção criminosa, que teriam cargos de gerência na organização criminosa. Entre eles, estariam responsáveis por distribuir material bélico entre faccionados, tanto para utilizarem em crimes como para comercializarem.

Eles seriam responsáveis, ainda, pelo controle de integrantes, para que cumprissem os deveres, os conhecidos como ‘disciplina’. Além disso, ainda foi apontada a pessoa responsável pela movimentação financeira do grupo.

Namorada de uma das lideranças da facção foi presa e tentou, mais de uma vez, liberdade. No último pedido, o Gaeco chega a apontar como ela integrava a facção, que ela conhecia todos os integrantes e que a liberdade poderia ser uma forma de ela voltar a praticar crimes. Em conversa com o namorado, eles chegam a citar uma matéria do Midiamax.

Na ocasião, o então apontado como disciplina do PCC teria agredido uma pessoa, que registrou boletim de ocorrência contra ele. “Amor, tô no Midiamax, os homens do Choque estão atrás de mim”, diz na mensagem. Também com outras mensagens, o Gaeco pontua a atuação do casal na facção criminosa e a importância de manutenção da prisão da acusada.

Os processos tramitam em sigilo e até o momento não há informação de condenações.

Estrutura e funções

Segundo o Gaeco, os membros são ordenados hierarquicamente, com divisão clara de tarefas. A cúpula é formada pelo núcleo que chamam de Resumo, composto por integrantes do alto escalão da facção, que supervisionam e definem os rumos da atuação do PCC no Estado, adequando aos interesses e às determinações da Sintonia Geral Final, a liderança nacional.

O Resumo é subdividido em Resumo Disciplinar, que faz o controle da disciplina; Resumo Financeiro, que controla as finanças e a contabilidade da facção; Resumo do Progresso, que controla as atividades criminosas; Resumo da Rifa, de controle do auxílio financeiro; e Resumo do Cadastro, que controla os integrantes da facção.

Além do Resumo, há o núcleo Geral do Estado, que centraliza geograficamente as atividades da facção e assuntos que envolvem o PCC em todo o MS. Estes integrantes são responsáveis por repassarem ao Resumo tudo aquilo que precisa de deliberação superior e também determinam aos quadros inferiores a execução das atividades criminosas.

Neste núcleo, também é feita a normatização de conduta dos membros do PCC, controlando e disciplinando os integrantes. Para cada atividade criminosa, o Gaeco identificou que há uma Geral coordenando, seja pelo cargo que tem, seja pela localização. Como exemplo, foi citado o Geral do Progresso, responsável por coordenar tráfico de drogas, que também é ramificado em setores conforme a droga comercializada.

Além deste, existem, ainda, o Geral da Rua, que é quem comanda os roubos, latrocínios, furtos, sequestros e execução de membros de facções rivais; Geral das Ferramentas, responsável pelas armas de fogo usadas pelo PCC; Geral do Sistema, que é a liderança dentro do presídio, aquele que controla e disciplina os membros do PCC presos.

Há, também, o Disciplina da Rua, que é aquele que controla os integrantes que estão fora dos presídios para que cumpram seus deveres. Territorialmente, o PCC ainda se subdivide em Geral da Regional, Geral da Cidade, Geral da Capital, Geral do Interior e Geral das Comarcas.

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