Pular para o conteúdo
Polícia

Advogado que blindava grupo criminoso no uso de viaturas para transportar cocaína vai continuar preso

Advogado também pagava propina para agentes públicos
Thatiana Melo -
(Reprodução processo)

O , Antônio César Jesuíno, preso em uma das fases da Operação Snow, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), teve o pedido de liberdade negado pela Justiça. 21 pessoas foram denunciadas em janeiro deste ano, por integrar organização criminosa.

O advogado é apontado pela denúncia do MPMS (Ministério Público Estadual), como um ‘conselheiro’ para assuntos diversos da organização, como também tinha a função de blindar integrantes do grupo criminoso.

A atuação de ambos não se limita à prestação de serviços jurídicos, mas envolve a prática de ilícitos, como a de agentes públicos para a obtenção de informações privilegiadas e monitoramento das cargas de drogas, além de serem conselheiros de outros assuntos sensíveis da organização”, diz a denúncia sobre Antônio e outro advogado preso. 

O indeferimento do pedido de liberdade foi publicado no dia 12 deste mês. “Em princípio, o trancamento de inquérito policial ou ação penal por meio de Habeas Corpus é medida excepcional, somente autorizada em casos em que claramente demonstrada a atipicidade da conduta, a absoluta falta de provas da materialidade e indícios da autoria ou a ocorrência de alguma causa extintiva da punibilidade, circunstâncias essas que, prima facie, não se verifica nos autos. Assim, quanto ao argumento de que os contatos eram totalmente desvinculados de qualquer conteúdo ilícito ou possível prática criminosa, a veracidade de tal afirmação exige aprofundada análise de diversos elementos de prova, propiciando o’confronto entre as versões, fato inconciliável com a estreita via do habeas corpus”, diz a decisão.

Viaturas eram alugadas por R$ 80 mil para o transporte da cocaína

As cargas de cocaína que eram transportadas pelos policiais civis Hugo César Benites e Anderson César dos Santos Gomes, de para , eram desviadas de apreensões feitas pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) e da Polícia Civil. Cada investigador chegava a receber cerca de R$ 80 mil por transporte do entorpecente.

Hugo César Benites estava no Paraguai quando foi deflagrada a Operação Snow, no dia 26 de março de 2024. O investigador se entregou para não ser expulso do país vizinho. Anderson César já estava preso depois de ser flagrado transportando cocaína para o grupo, que, segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), é altamente articulado e estruturado com logística sofisticada e divisão de tarefas delineadas. 

Os policiais cooptados pela organização criminosa chegaram a receber, em 21 meses de ‘trabalhos’ para o grupo, o valor de R$ 960 mil, sendo R$ 480 mil para cada um. Ou seja, por transporte, eles chegavam a receber R$ 80 mil.

Operação Snow

A Operação ‘Snow’, teve sua segunda fase deflagrada no dia 15 de janeiro deste ano, e cumpriu, além dos 9 mandados de prisão temporária, outros 19 de busca e apreensão. As ações ocorreram em Campo Grande, Dourados, Ponta Porã e Piratininga, em São Paulo. Entre os alvos estão advogados e policiais civis.

Equipes do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Policiais Especiais, prestaram apoio operacional ao Gaeco. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a Corregedoria da Polícia Civil também acompanharam as diligências.

A primeira fase da operação aconteceu em março de 2024 a partir da análise do material apreendido, especialmente telefones celulares, revelou que ao menos outras 17 pessoas integram a organização criminosa, alvo dos trabalhos, entre os quais advogados e policiais civis.

O líder da organização criminosa monitorava investidas da polícia e cooptava servidores públicos corruptos, o que era feito por meio de advogados.

Os advogados, além da prestação de serviços jurídicos, cooptavam agentes públicos para conseguir informações privilegiadas e monitoramento das cargas de drogas, além de serem conselheiros de outros assuntos sensíveis da organização.

💬 Fale com os jornalistas do Midiamax

Tem alguma denúncia, flagrante, reclamação ou sugestão de pauta para o Jornal Midiamax?

🗣️ Envie direto para nossos jornalistas pelo WhatsApp (67) 99207-4330. O sigilo está garantido na lei.

✅ Clique no nome de qualquer uma das plataformas abaixo para nos encontrar nas redes sociais:
Instagram, Facebook, TikTok, YouTube, WhatsApp, Bluesky e Threads.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Câmara aumenta pena para crimes contra idosos; texto segue para sanção

Argentinos castigam e Boca Jrs lamenta empate em duelo direto com Benfica no Mundial de Clubes

Mais de 190 pessoas são atendidas na Carreta da Justiça em Bodoquena

Trump: ‘todos devem evacuar Teerã imediatamente’

Notícias mais lidas agora

Investigação aponta que Claudinho Serra recebia propina pelos pais: ‘Levar encomenda’

cpi joão resende frota velha

Na CPI, Consórcio Guaicurus admite que ônibus circulam sem seguro exigido em contrato

ataque onça pantanal 2

Ataque e morte de Jorginho por onça no Pantanal teve motivação; saiba qual

Com cães farejadores, PRF apreende cocaína em Corumbá

Últimas Notícias

Mundo

Israel e Irã voltam a trocar ataques aéreos no 5º dia de guerra no Oriente Médio

Várias explosões foram ouvidas na parte leste de Teerã

Trânsito

Carreta destrói guard rail, sai da pista e vai parar em matagal nas margens da BR-163

Parte do guard rail ficou completamente destruído com o impacto

Brasil

Câmara pressiona governo Lula e aprova urgência para projeto que derruba aumento do IOF

A urgência é um instrumento que acelera a tramitação de uma proposta no plenário da Casa

Polícia

Familiares procuram por Maria que desapareceu há dois dias na região do Santo Eugênio

Quem tiver informações pode entrar em contato pelo 67 – 99284 – 2233