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Polícia

Advogado preso em MS liderava grupo criminoso que montou esquema de fraudes contra o INSS

Advogado foi preso nessa quinta-feira (15), alvo da Operação “Malus Doctor”, deflagrada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul
Lívia Bezerra -
Advogado foi preso pela PRF em Dourados. (Foto: Reprodução, PRF)

O de 49 anos — alvo da Operação “Malus Doctor” em — liderava o grupo criminoso que montou o esquema de fraudes contra o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) no Rio Grande do Sul. Ele foi preso nessa quinta-feira (15) e transferido para o estado gaúcho, onde o crime é investigado.

De acordo com a Polícia Civil de Porto Alegre, o advogado era o principal alvo da operação e estava foragido desde o dia 8 de maio deste ano. Isso porque ele é suspeito de liderar a organização criminosa responsável pelas fraudes.

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As investigações apontaram que o advogado passou pelo estado de e logo foi para o Mato Grosso, onde possui vínculos familiares. Depois, ele seguiu para , onde foi preso pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) no km 267 da BR-163, em Dourados.

“Identificamos que ele havia passado pelo litoral paulista e, em seguida, se deslocado para o Mato Grosso, onde possui vínculos familiares. O foragido havia seguido viagem em direção ao Mato Grosso do Sul. Informações sobre o veículo usado para a fuga foram repassadas para a PRF daquele estado, que conseguiu abordá-lo e prendê-lo no município de Dourados (MS)”, explicou o delegado Vinicius Nahan, da 2ª DPPA (Delegacia de Polícia Distrital de Porto Alegre).

Advogado nega crime e suposta fuga para o Paraguai

O líder do grupo criminoso chegou no estado gaúcho na madrugada desta sexta-feira (16) e enquanto entrava no Palácio da Polícia, em Porto Alegre, se manifestou sobre sua prisão, conforme publicado pelo site local, RD Foco.

“É uma armação o que fizeram. Nunca me apropriei de dinheiro nenhum de cliente. (São) 27 anos de trabalho jogados no lixo por uma invenção que eu me aproprio de dinheiro, que eu faço empréstimos em nome de cliente. Tudo mentira, isso vai ser esclarecido”, disse o advogado.

Além disso, a Polícia Civil gaúcha informou que antes de ser localizado em Dourados, o advogado estava indo para Ponta Porã, cidade que faz fronteira com o Paraguai, através de Pedro Juan Caballero. A suspeita é de que ele tinha o intuito de ficar no Paraguai.

No entanto, o líder também negou a fuga. “Claro que não. Eu estava vindo para cá para resolver este problema”, falou.

Modus Operandi

A organização criminosa alvo da Operação “Malus Doctor” se aproveitava da vulnerabilidade das vítimas e oferecia serviços de revisão judicial de empréstimos consignados abusivos. Assim, o falso serviço era prestado mediante pagamento de 30% de honorários sobre os valores a serem recuperados.

No entanto, quando estavam com a documentação das vítimas em mãos, os criminosos ajuizavam ações contra instituições financeiras. Depois, os clientes recebiam valores de novos empréstimos em suas contas e, acreditando serem resultado das ações, repassavam parte à empresa.

O advogado é acusado de ser responsável por mais de 145 mil ações judiciais, sendo 112 mil no Rio Grande do Sul e 30 mil em São Paulo. As ações feitas no RS representam aproximadamente 47% de todas as ações feitas contra instituições bancárias no Poder Judiciário gaúcho.

Além da prisão, o advogado teve o exercício da profissão suspenso pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e foi classificado pela Polícia Civil como prática de “advocacia predatória”.

Operação “Malus Doctor”

Deflagrada no dia 8 de maio, a operação visa desarticular o esquema criminoso em todo o Brasil. Além de Mato Grosso do Sul, onde o líder foi preso, são alvo de mandados as cidades de Porto Alegre, Xangri-Lá e Glorinha.

Durante a operação, foram cumpridas 74 ordens judiciais e também o bloqueio de cerca de R$ 50 milhões em bens móveis, imóveis e ativos financeiros. Destas, 35 são mandados de busca e apreensão.

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