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Polícia

Acusado de matar Alexandre a tiros em Campo Grande espera por júri após 1 ano do crime

Namorada do réu, que o acompanhava no dia do crime, teve as acusações arquivadas
Adriel Mattos -
Crime aconteceu em julho de 2024, no Bairro Vivendas do Parque, em Campo Grande. (Foto: Reprodução, TJMS)

Há cerca de um ano, Alexandre Leuvio Marcelino, de 28 anos, foi morto a tiros em frente à casa da ex-esposa no loteamento Vivendas do Parque, região leste de . Ele havia saído para fumar, quando foi surpreendido pelos disparos efetuados por Paulo Bial Torres, 44 anos, o “Paulinho Metralha”.

Na noite de 19 de julho de 2024, o réu conduzia uma motocicleta com a namorada de 22 anos e atirou contra Alexandre, que acreditava ser o autor do homicídio do irmão, Pedro Bial Torres, em agosto de 2021. Dois dos três acusados por esse crime foram condenados em setembro de 2023.

Ou seja, as mortes de Paulo e da esposa, Priscila Gonçalves Alves, já haviam sido esclarecidas menos de um ano antes. Antes de executar Alexandre, Paulinho Metralha já havia ameaçado pessoas e anunciado o crime em um bar.

Alexandre foi visitar os três filhos. Após ser atingido, ele correu para o interior da casa, onde foi socorrido pelos familiares para o CRS (Centro Regional de Saúde) do Bairro Tiradentes, mas não resistiu e morreu pouco depois.

Paulo foi preso em agosto de 2024, enquanto a namorada foi detida em outubro daquele ano. Desde então, o autor aguarda o julgamento no Instituto Penal de Campo Grande, no Noroeste, zona leste.

Defesa contesta participação de namorada no crime

Em setembro de 2024, o MPMS (Ministério Público do Estado de ) denunciou o casal por homicídio qualificado por motivo torpe, recurso que dificulte a defesa da vítima, por erro sobre a pessoa, por concurso de pessoas e por concurso material, além de disparo de arma de fogo.

Ou seja, Paulinho Metralha e a namorada teriam cometido o crime por uma motivação cruel (vingar a morte do irmão do homem), dificultando a defesa da vítima (que foi pega de surpresa e foi confundida com outra pessoa). 

Além disso, para o Parquet, os dois praticaram este crime juntos, somado ao de disparos efetuados na rua. Todas essas penalidades estão previstas no Código Penal e no Estatuto do Desarmamento.

“O modus operandi adotado na execução do crime também o qualifica, posto que estes se aproximaram da vítima Alexandre em via pública, a bordo de uma motocicleta, e, rapidamente, iniciaram o ataque efetuando o disparo de arma de fogo, atingindo a vítima pelas costas, caracterizando assim recurso que dificultou a defesa do ofendido”, escreveu a titular da 21ª Promotoria de Justiça, Luciana do Amaral Rabelo.

O casal foi assistido pela Defensoria Pública, que defendeu que as acusações contra a namorada fossem arquivadas. É citado depoimento da jovem em que alega que não sabia das intenções de Paulo, além de não haver provas contundentes da participação no crime.

“Não houve a colheita de um único depoimento que implicasse a participação da acusada no homicídio em questão, as testemunhas somente afirmaram o que a própria acusada narrou, ou seja, que ela apenas estava na garupa da motocicleta do acusado”, destaca o defensor público Rodrigo Antonio Stochiero Silva.

Quanto a Paulinho Metralha, a Defensoria alegou que irá apresentar os argumentos de defesa ao .

Já em abril de 2025, o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluizio Pereira dos Santos, aceitou a denúncia contra Paulo e arquivou o caso contra a namorada dele. Para ele, as provas eram suficientes apenas contra o homem.

“A prova testemunhal colhida na fase judicial, sob o crivo do contraditório, indica somente que ela estaria o acompanhando na garupa de sua moto. Não há indícios suficientes de sua participação nos fatos delitivos, tampouco que o tenha auxiliado de qualquer maneira”, observou.

Assim, o magistrado decidiu dar andamento à denúncia apenas contra Paulinho Metralha. A prisão preventiva já foi revisada e segue em vigor. Já a namorada foi solta ainda em abril.

Até o momento, não há previsão do júri de Paulo. Até lá, ele deve aguardar o julgamento no Instituto Penal de Campo Grande.

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