Sem contraproposta, policiais penais marcam nova assembleia para discutir regulamentação da categoria
Como na última assembleia, não houve acordo, policiais continuaram com a mobilização e marcaram uma nova reunião para quarta-feira (11)
Lívia Bezerra –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Sem a contraproposta apresentada pelo Governo do Estado, o Sinsapp (Sindicato dos Policiais Penais de Mato Grosso do Sul) marcou uma nova assembleia para discutir a regulamentação da categoria na próxima quarta (11) em Campo Grande.
Na última assembleia entre policiais penais e o Governo de MS realizada no dia 2 deste mês, não houve acordo. Com isso, a categoria continuou com as mobilizações, inclusive, a paralisação das horas extras nos presídios, e deu um prazo para que seja apresentada uma contraproposta até esta segunda-feira (9).
Contudo, a solicitação ainda não foi atendida e os policiais penais marcaram uma assembleia para a próxima quarta (11), com presença de agentes de todo o Estado. A informação foi confirmada à reportagem do Jornal Midiamax pelo presidente do Sinsapp de MS, André Santiago.
“Estava decidida até a data de hoje (9). Agora terá uma nova assembleia na quarta-feira (11) para que os servidores tenham conhecimento dos acontecimentos e tomem decisões”, explicou Santiago.
SAD diz que segue em tratativas com os representantes
Justificou que seguem em tratativas com os representantes e que apresentaram propostas como, por exemplo, “proposta de paridade e integralidade dos proventos de aposentadoria e pensão, além de incorporação de indenização que representa um aumento salarial de 10%, o que soma-se ao RGA (Revisão Geral Anual) de 3,73%, totalizando quase 14% de reajuste em 2024. A proposta prevê que a categoria tenha, até 2026, uma das melhores remunerações do país”.
‘Nosso trabalho, 30 anos dentro da cadeia é a segunda pior profissão do mundo’
A categoria quer equiparar a tabela com as policiais Civil e Militar. O presidente do Sinsapp explicou, por exemplo, que o servidor que trabalha 30 anos na Polícia Civil chega ao final com salário de R$ 14,9 mil.
“O nosso trabalho, 30 anos dentro da cadeia é a segunda pior profissão do mundo, ele quer me transformar em polícia, eu estou exercendo as funções da civil e da militar, ao invés de reconhecer o final do policial penal é de 13.244”, detalhou Santiago.
Outra reclamação é que o Governo já teria aprovado as tratativas das polícias Civil e Militar com efeito financeiro para 2025. “O nosso, todas essas tratativas estão empurrando para 2026 e não tem tal garantia. O governo está sendo muito inteligente na proposta dele, porque ele minimizou todos os impactos financeiros da parte dele”, falou o presidente do Sinsapp.
Mobilização reduziu agentes e serviço de visita foi afetado em presídios
Nos últimos dias, as atividades nas unidades foram afetadas devido à entrega de horas extras pelos policiais penais, uma medida tomada em razão do descontentamento da categoria com as condições de trabalho, bem como a falta de regulamentação da profissão.
Como resultado, diversas atividades importantes estão sendo prejudicadas ou suspensas, incluindo visitas de familiares, atendimentos da Defensoria Pública e de advogados, assistência médica e odontológica, funcionamento de cantinas, remissão de pena por trabalho, manutenção das unidades, banho de sol, além de atendimentos sociais, psicológicos, administrativos e jurídicos.
Familiares de detento do Instituto Penal de Campo Grande e no Presídio de Segurança Máxima foram surpreendidos com a redução de agentes penitenciários, que participam da mobilização pela regulamentação da categoria. Até quem chegou cedo para garantir a visita foi afetado e tempo de espera passou de 6h na manhã desse domingo (8).
A mobilização dos agentes afetou diversos serviços, entre eles o de visita de familiares. Nesse domingo (8), várias mulheres, principalmente com filhos, estavam em frente aos dois presídios na esperança de poder rever o familiar detido.
Ao Jornal Midiamax, Bernarda Nunes da Silva contou que chegou às 4h30 para visitar o marido no Instituto Penal. Ela explicou que foi surpreendida com a redução dos agentes e no local estão chamando a cada três pessoas.
Além disso, disse que outras pessoas estavam no local desde a noite de sábado (7). Disse que as visitas acontecem por escala e que a cada 15 dias ela pode visitar o marido. “Simplesmente o agente que tá de plantão falou que está com falta de agente, que a gente tem a paciência para poder entrar. A forma deles de trabalhar é essa”, disse. Enquanto a reportagem estava no local, cerca de 50 mulheres aguardavam na fila.
Notícias mais lidas agora
Últimas Notícias
Autora é presa após invadir casa e matar mulher a facadas em Paranaíba
Na delegacia, a mulher confessou que se desentendeu com a vítima e tinha intenção de matá-la. Ela não demonstrou arrependimento.
Com vagas abertas para Água Clara, fabrica de celulose realiza feirão de empregabilidade em Três Lagoas
As vagas disponíveis são para ajudante florestal, líder de operações florestais, motorista e operador de trator
Previsão indica mais chuva e calor de 41°C em Mato Grosso do Sul no fim de semana
Típico de verão, fim de semana deve registrar calorão e chuvas isoladas
Superliga de Vôlei retorna a Campo Grande em março com campeão mundial
Partida será entre Suzano x Sada Cruzeiro, no dia 23 de março
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.