‘Quando ouvi a sentença, meu coração acalmou’, relata pai de Sophia sobre condenação de 52 anos
Stephanie de Jesus foi condenada a 20 anos e Christian Campoçano condenado a 32 anos
Thatiana Melo –
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“Eu saí de lá destruído ao ouvir tudo que ela (Sophia) passou”, disse Jean Ocampo, pai da pequena que foi morta aos 2 anos, em janeiro de 2023. Stephanie de Jesus e Christian Campoçano foram condenados juntos a 52 anos de prisão. Foram dois dias de julgamento, em Campo Grande.
Jean acompanhou os dois dias de júri popular que condenou a mãe de Sophia, Stephanie de Jesus a 20 anos de prisão e o ex-padrasto da menina a 32 anos de prisão pelos crimes de homícidio e estupro. Jean contou ao Midiamax que teve de se segurar para não ter nenhuma reação no momento da leitura da sentença.
“Eu me tremia todo. Na hora que o juiz disse que estavam condenados, o meu coração se acalmou.”, falou. Jean ainda disse que não sabe o que será daqui para frente, e a única certeza é que sempre irá sentir saudades de Sophia. “Ela era doce, amorosa.”, falou.
Jean ainda descreveu como horrível a sensação de ter de ouvir toda a tortura que Sophia teve de passar nas mãos de Stephanie e Christian, “Era tortura disfarçada de forma de correção.”, falou.
Condenação
Christian foi sentenciado por estupro, 12 anos e mais 20 anos de prisão por homicídio, ao todo 32 anos. Já Stephanie foi condenada a 20 anos por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e pela vítima se tratar de uma criança.
A defesa da mãe da criança falou durante o debate no julgamento desta quinta-feira (5) que Stephanie levou a filha ao posto de saúde por 30 vezes por não ter condições de pagar um plano de saúde.
A defesa de Stephanie usou o ciclo da violência doméstica como uma estratégia para convencer os jurados. Inclusive, durante os debates, uma das advogados afirmou que “existia uma Stephanie antes e existe uma depois (de Christian)”.
Torturas, beliscões, xingamentos, gritos e até estupro
Torturas, beliscões, xingamentos, gritos e até estupro. Nos dois anos em que Sophia viveu, ela foi agredida pelo padrasto. A mãe nega que sabia das agressões à filha, mas conversas recuperadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) demonstram o contrário.
Nas conversas entre Stephanie e Christian, a mãe de Sophia combina com o companheiro a melhor forma de relatar os motivos para os machucados na menina. “Vamos dizer que caiu no parquinho.”, dizia uma das mensagens trocadas.
Em agosto de 2022, a mãe de Sophia questiona o marido sobre uma marca de mordida no braço da menina, e ele responde: “sabe que não controlo a mordida, ela é macia demais”.
Christian negou abusos
Também nesta quinta (5) , Arianne Dryelle Ledesma de Siqueira, advogada de defesa de Christian apresentou novos áudios, que Cristian enviou para a mãe dele, no dia em Sophia morreu.
Sobre os indícios de abuso, Christian Campoçano negou que tenha estuprado a menina. “Eu juro pelos meus filhos, que eu não fiz nada, eu só sei que caso eu seja preso, eu aviso a senhora (a mãe dele). Nunca, nunca faria uma coisa dessa, eu tenho nojo e odio de estuprador, eu não sei nem explicar”.
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