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Polícia

Policial diz que estopim para briga com barbeiro foi cigarro de maconha oferecido para filho de 13 anos

Caso é investigado pela Corregedoria da PM
Mirian Machado -
(Reprodução)

O policial militar acusado de agressão a um barbeiro na Vila Marli, em Campo Grande, afirma que o estopim para a briga foi pelo fato do barbeiro oferecer droga ao filho, de 13 anos. Caso aconteceu na sexta-feira (17).

Conforme relato do policial ao Jornal Midiamax, há vários dias a movimentação na barbearia é grande, com entra e sai de pessoas. Diz ainda que toda a tarde ficam na frente do estabelecimento com som alto fumando maconha. “Os vizinhos já tinham reclamado pra mim”, disse.

Em outra ocasião, o policial teria abordado o irmão do barbeiro e pedido para que eles não fumassem ali nas proximidades, pois o odor da droga estava insuportável. “Ele me pediu desculpas e disse que não iria se repetir. Eu expliquei que temos filhos e vizinhos também, ninguém estava suportando o cheiro”, relembrou.

Já na data do fato, o policial explicou que estava com a esposa e os filhos em uma conveniência na esquina. Nesse momento, o barbeiro estava com outro rapaz, que não seria cliente, bebendo álcool e com som alto na frente da barbearia, quando o filho do policial, de 13 anos, teria ido até o banheiro de casa, que fica na frente do estabelecimento.

“Ele [barbeiro] estava fumando maconha e ofereceu pro meu filho. Quando ele voltou para onde eu estava, me contou. Eu fui até minha casa para ver se eles caíam em si e paravam de usar o entorpecente e quando saí vi que eles não pararam e fui falar com eles”, explicou.

As pessoas que estavam em frente à barbearia já estavam agressivas, segundo o policial. Assim, ele, para se defender, precisou empurrar o homem e lhe deu um tapa. “Nesse momento meu relógio pegou no rosto dele. A filmagem aparece eu arrumando o relógio no pulso. O primo dele que fez a filmagem estava narrando um fato todo distorcido. Eu não estava com arma na mão, estava com meu celular”, contou. “Esse dia ele estava bem alterado, fumando descaradamente, e bebendo”, explicou.

Outros moradores reclamam da situação na região, segundo o policial. “Até a mulher que aluga o salão e tem salão de manicure ao lado perdeu clientes por causa deles, mas o estopim foi oferecer um cigarro de maconha para meu filho mais velho”, reclama.

Logo após o ocorrido, o salão da barbearia foi fechado, e tanto o barbeiro quanto o irmão dele teriam ido até a casa do policial pedir desculpas pela situação. “Meu erro foi não ter chamado a viatura. Não chamei porque na hora chegou o irmão dele vieram na minha casa, pediram desculpas pra eu ficar tranquilo, que eles não queriam confusão. Eu disse que também não queria confusão, só que não queria que oferecesse droga pro meu filho nem fica vendendo aqui. A rua é calma, é perto do poliesportivo, tem muita criança passando aqui”, detalhou.

O policial afirmou que foi afastado após denúncia na Corregedoria. Ele disse que as vítimas têm familiares na polícia.

O caso ainda segue em apuração. A Corregedoria da Polícia Militar, onde foi feita a denúncia, se limitou a dizer que o caso já está sendo investigado e que a corporação não compatibiliza com desvio de conduta dos militares.

O caso já está sendo apurado pela Corregedoria da PMMS. Esclarecemos que o comando da instituição não coaduna com qualquer desvio de conduta de seus integrantes”, informou em nota.

Versão do barbeiro

O barbeiro contou que o policial estava bebendo em uma conveniência ao lado e do nada invadiu a barbearia e o agrediu junto do cliente com socos, chutes e coronhadas. “Ele tá falando que eu ofereci drogas para o filho dele. Disse que me bateu porque eu fiquei falando que eu era do crime e que isso não ia ficar assim”, lembrou.

Ainda segundo o barbeiro, uma foto dele já foi publicada em uma página nas redes sociais o expondo. Na publicação diz que o homem tem passagens por tráfico, receptação, resistência e outras por portar drogas. “Passado todo mundo tem. Sou barbeiro há 8 anos, tenho testemunhas. Aí pra justificar o que ele fez, ele tá jogando uma narrativa de que sou traficante”, disse.

O homem disse que tem esposa e filhos e lamenta que eles também tenham que passar por isso. “Não sei o que pode acontecer. Estou ficando dentro de casa por medo, não estou conseguindo dormir. Minha esposa e minha filha tendo que passar por essa situação é complicado”, afirma.

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