Peritos e médicos legistas aderem à paralisação de 24 horas por melhorias salariais em MS
Em Campo Grande, manifestações de policiais civis acontecem desde as primeiras horas desta quinta-feira (19)
Lívia Bezerra –
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A manifestação por melhorias salariais da Polícia Civil realizada desde as primeiras horas desta quinta-feira (19) também está sendo adotada pelos peritos criminais e médicos legistas em todo o Mato Grosso do Sul. Assim como as delegacias não estão registrando boletins de ocorrência do público, a categoria paralisou as atividades aderindo ao movimento “Perícia Legal”.
Em Campo Grande, os profissionais se concentram em frente ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e Ialf (Instituto de Análises Laboratoriais Forenses), próximo ao Lago do Amor. Por lá, várias faixas denunciam as condições precárias de trabalho, como falta de estrutura, de materiais e de segurança, e a falta de valorização salarial do efetivo.
Além das faixas, os profissionais da Polícia Científica usam máscaras como forma de mostrar que obedecem estritamente aos prazos para a entrega de laudos e análises de vestígios. A manifestação também acontece em Três Lagoas, Aquidauana, Dourados, Jardim e Costa Rica.
Como nenhuma proposta por parte do Governo do Estado foi enviada aos peritos e médicos legistas, o Sinpof/MS (Sindicato dos Peritos Oficiais Forenses de Mato Grosso do Sul) decidiu aderir à paralisação, conforme o presidente Francisco Orlando.
“O deputado Pedro Caravina nos informou ontem que receberíamos um ofício com uma proposta na data de hoje, mas até agora não fomos oficializados”, disse Francisco.
O sindicato ainda reforça que, assim como a Polícia Civil sul-mato-grossense tem o 19º pior salário do Brasil, os peritos oficiais recebem o 3º salário mais baixo no País.
“Nos últimos 10 anos o salário do Perito Oficial vem despencando ano a ano, estando hoje na 25 posição no ranking nacional, incluindo o Distrito Federal”, destacou o Sinpof/MS.
Delegacias não devem registrar BOs por 24 horas em MS
Em Campo Grande, a manifestação ocorre na frente da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro. Já no município de Dourados, mais de 100 agentes aderiram à manifestação e cruzaram os braços em frente a Depac.
Com a paralisação dos policiais civis, apenas serviços essenciais vão funcionar nas delegacias do Estado, no período de 24 horas.
Desta forma, apenas casos de flagrantes, medidas protetivas e local com vítima receberão atendimento. Já o registro de boletins de ocorrência e atendimento ao público não vão funcionar.
Segundo o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), Alexandre Barbosa, o Governo havia feito um acordo para elevar o salário dos policiais para o 6º lugar no país. No entanto, não cumpriu com o acordo.
“O acordo era aumento de 30% parcelado em 3 anos, mas isso não se concretizou”, disse Alexandre. O presidente do sindicato ainda falou que o Governo disse que incorporaria o auxílio-alimentação de R$ 400 ao salário, mas não ocorreu.
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