Vice-diretor de escola estaria perseguindo menina que foi estuprada por professores em MS

Denúncia da perseguição foi feita pelo pai da menina

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(Ilustrativa)

Pai de uma aluna procurou a delegacia para denunciar que o vice-diretor de uma escola, em Mato Grosso do Sul, a está perseguindo. A menina é vítima de um caso de estupro, registrado em dezembro do ano passado. Neste crime dois professores da aluna seriam os autores. Além disso, um deles ainda trabalha na escola onde a vítima estuda.

Desde o caso, a menina passou a fazer tratamento psiquiátrico e psicológico, devido ao trauma. Agora, o pai relatou à polícia que o vice-diretor da escola estaria perseguindo a menina.

Ainda segundo o pai, o vice-diretor estaria frequentemente procurando a menina na sala de aula e a retirando, para conversar em particular. Nessas conversas, teria ofendido e dito que a aluna era uma “vergonha para a escola”.

Por conta da perseguição, a menina passou a evitar ir às aulas, tendo muitas faltas. Com isso, o vice-diretor teria dito que a aluna “já reprovou de ano”, questionando a presença dela na escola.

Vítima ficou afastada da escola

Um mês atrás, a vítima teve uma crise de choro e falta de ar na escola. Ainda segundo o pai, funcionários tentaram chamar uma ambulância, mas o vice-diretor negou a assistência. Ele teria dito que a responsabilidade era dos pais e “eles que se virassem”.

Depois disso, a menina ficou afastada por 10 dias, para realizar tratamento. Assim que retornou, o suspeito a abordou novamente e disse que ela só ia para a escola para ficar doente. Mais uma vez ele teria reforçado que não sabia o que a aluna fazia ali.

Já nessa quarta-feira (11), o vice-diretor continuou a perseguição, conforme denunciou o pai. Ele teria dito que a menina não deveria estar na escola, que já havia repetido de ano.

No momento em que ela foi ao banheiro, ele teria ido até a porta perguntando o que ela estava fazendo e que já estava lá por cinco minutos. “Estou te cuidando”, teria dito ele para a vítima.

Pelo ocorrido, o pai registrou um boletim de ocorrência na tarde de quarta-feira, por perseguição.

O que diz o município 

A reportagem entrou em contato com a Secretária Municipal de Educação, questionando a situação e também a permanência do professor suspeito do crime de estupro na escola.

Em nota, a Secretaria informou que, quanto ao professor investigado, o caso ocorreu em gestão anterior e que adotou todas a medidas cabíveis. Também que encaminhou o procedimento ao Ministério Público, que está em segredo de justiça.

Já em relação à perseguição relatada por pai e filha, a Secretaria negou. A nota ainda indica que a menina tem muitas faltas e por isso, conforme a legislação, deve ser encaminhada ao Conselho Tutelar. Também que deveria ser feita uma denúncia ao Ministério Público por abandono intelectual.

Cabe ressaltar que depois de muito tempo ela compareceu na escola apenas ontem. As medidas a serem adotadas em relação às faltas não são passadas aos alunos e sim aos pais. Sendo assim, não ocorreu esta situação em nossa unidade de ensino e tomaremos as medidas judiciais cabíveis contra está falsa acusação que está sendo reputada ao vice-diretor“, diz a nota.

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