Omertà: Policial civil preso por integrar milícia armada em MS é demitido

Em agosto deste ano, Frederico Maldonado Arruda teve o afastamento revogado e havia retornado às funções

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(Foto: Ilustrativa/Arquivo Midiamax)

O Policial Civil, Frederico Maldonado Arruda, preso na primeira fase da Operação Omertà, em Campo Grande, foi demitido do cargo de investigador. O policial se tornou réu em 2020, por integrar milícia armada em Mato Grosso do Sul e chegou a ser afastado do cargo, mas em agosto deste ano, retornou às funções na Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).

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A demissão de Frederico Maldonado foi publicada no Diário Oficial do Estado no último dia 30 de outubro. 

“Aplicar a pena de demissão ao servidor FREDERICO MALDONADO ARRUDA, Cargo Agente de Polícia Judiciária, função Investigador de Polícia Judiciária, lotada na Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública/SEJUSP/MS, do Quadro Permanente do Estado de Mato Grosso do Sul, com fundamento no Art. 1º, inciso I do Decreto n.º 15.407 de 30 de março de 2020, Art. 172, incisos III e XVII, parágrafo único do Art. 171, Art. 164 inciso IV, por violação dos deveres estampados no Art. 155, incisos V, XVII e XXVIII e das transgressões do Art. 156, incisos II, XVII, XXIII, XXVII e XXXVI, todos da Lei Complementar nº 114/2005”, diz a publicação.

Em 2020, o Ministério Público pediu pela perda do cargo do policial Frederico Maldonado como também do Policial Federal Everaldo Monteiro. O PF teve a pena reformada pelo Tribunal de Justiça, que acabou o condenando em primeiro grau. Em 2021, o PF foi condenado na primeira fase da Omertà, por ser flagrado com munições estrangeiras ilegais.

Réus na Omertà

No dia 17 de julho de 2020, o juiz Roberto Ferreira Filho recebeu a denúncia que trata da terceira fase da Operação Omertà. Assim, 21 se tornaram réus pelos crimes de organização criminosa, tráfico de armas, entre outros.

Em relação ao crime de organização criminosa, do qual integrariam o núcleo 1 conforme a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), 7 se tornaram réus. São eles Fahd Jamil e o filho Flávio Correia, que continua foragido, além de Everaldo Monteiro de Assis, Frederico Maldonado Arruda, Marco Monteoliva, Melciades Aldana e Thyago Machado Abdul Ahad.

Já sobre o crime de tráfico de arma de fogo, foram enquadrados novamente Fahd e Flávio, Marco, Frederico, além de Jamil Name, Jamil Name Filho e Vladenison Daniel Olmedo. Enquanto isso, por violação do sigilo funcional, se tornaram réus Everaldo e Flávio Correia e também Marcelo Rios, que teria atuado com Rogério Luis Phelippe, denunciado na Justiça Militar.

Enquanto isso, quanto ao núcleo 2 denunciado por organização criminosa, se tornaram réus Benevides Cândido Pereira, Cynthia Name Belli, Jerson Domingos, Lucas Silva Costa, Lucimar Calixto Ribeiro, Rodrigo Betzkowski de Paula Leite, Davison Ferreira de Farias Campos e Paulo Henrique Malaquias de Souza.

Pelo crime de corrupção ativa, respondem Cynthia Name, Benevides Cândido Pereira e Lucimar Calixto Ribeiro, estando ligados a eles e se beneficiando pelo crime 11 agentes públicos listados pelo juiz.

Quanto ao comércio das armas de fogo, se tornaram réus Euzébio de Jesus Araújo, Lucas Silva Costa, Davison Ferreira de Farias e Paulo Henrique Malaquias de Souza.

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