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Polícia

‘Não salvei minha filha’, lamenta pai de Pâmela durante júri do genro acusado de feminicídio

Marido tentou forjar feminicídio de Pâmela para suicídio
Thatiana Melo -

Damião Souza Rocha está sendo julgado nesta quinta-feira (1º), em Rio Negro, a 163 quilômetros de , pelo feminicídio de Pâmela Oliveira da Silva, morta aos 27 anos queimada. Damião tentou forjar o suicídio. Pâmela morreu com 80% do corpo queimado na Santa Casa de Campo Grande.

O pai de Pâmela disse esperar por Justiça. “Eu me sinto um inútil por não ter salvado minha filha. Ninguém merece o que a Pâmela passou”, falou Roberto. Damião chegou ao júri na companhia da atual esposa. A família e amigos foram até o julgamento usando faixas pedindo por Justiça.

“Nem bicho a gente faz isso. O mais doloroso é ver a vida da minha filha indo embora e eu não poder fazer nada”, falou o pai de Pâmela. Muito abalada, a irmã de Pâmela, Cyntia Silva, precisou ser acalmada no júri. 

“Desde o começo os médicos suspeitavam que não era uma tentativa de suicídio e sim de feminicídio”, disse Cyntia. 

Incêndio e morte 

De acordo com a testemunha que foi ouvida, após o incêndio em 21 de julho que deixou Pamela com 90% do corpo queimado, em , a 83 km de Campo Grande, a mulher foi imediatamente levada para uma unidade de saúde no município, enquanto o marido ficou na residência em que o casal morava tentando apagar as chamas. 

Ele foi até o local para tratar uma queimadura no braço. Ao ser questionado por que somente Pamela teria se ferido gravemente, ele disse que “ela estava tentando apagar o fogo” e que o fato foi “um acidente”. O profissional que atendeu o homem teria dito: “impossível ter sido acidente e ter acontecido tudo aquilo com Pamela e você somente queimar o braço”. 

Pamela foi transferida para a Santa Casa de Campo Grande devido à gravidade dos ferimentos e morreu em 22 de agosto, 31 dias após o incêndio. 

De acordo com a família, ela tinha denunciado antes de morrer que o marido era o autor do crime, que teria sido cometido na frente dos filhos.

Após a morte de Pâmela, familiares dela procuraram a polícia informando que no dia 21 de julho, em Rochedo, ela ficou em estado grave após a residência onde mora com o marido pegar fogo. Ao procurarem sobre o ocorrido, os policiais encontraram uma ocorrência registrada como tentativa de suicídio. Entretanto, a irmã afirmou que o suspeito seria o marido da vítima, e que ele teria tentado matá-la.

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