‘Muitas outras mulheres depois dela’, lamenta mãe de Joelma, morta com faca cravada no peito pelo ex

Joelma foi o primeiro feminicídio de 2024 em Mato Grosso do Sul

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(Nathalia Alcântara, Midiamax)

Leonardo da Silva Lima passa por julgamento nesta terça-feira (15), em Campo Grande, pelo feminicídio de sua esposa, Joelma da Silva André, de 33 anos, morta a facadas em fevereiro deste ano, no Indubrasil, em Campo Grande. Ela teve uma faca cravada no peito pelo ex-marido, que fugiu em seguida de bicicleta.

A mãe de Joelma acompanha o júri e disse para o Midiamax que espera que a Justiça seja feita. Sueli Rosa da Silva André, de 45 anos, contou que está com quatro dos cinco filhos de Joelma. O outro neto está com o pai. 

“Muito difícil, muita dor. E saber que depois dela outras mulheres foram mortas”, disse Sueli. A neta de 17 anos é uma das testemunhas no júri. No dia do crime quem avisou Sueli foi a sobrinha, já que desde cedo estavam conversando com Joelma por que o casal estava brigando.

Sueli ainda falou que não esperava que Leonardo cometesse este crime. “A gente gostava muito dele”, disse ao Midiamax. Ela ainda falou que deve estar sendo difícil para a mãe de Leonardo, já que ninguém cria um filho para matar outra pessoa. 

(Alicce Rodrigues, Jornal Midiamax)

O feminicídio

A polícia foi acionada depois das 6h30 da manhã, do dia 21 de fevereiro deste ano, para a Rua da Roda Velha, onde a vítima foi esfaqueada e teve a faca cravada no peito pelo ex-marido de 45 anos, que fugiu logo após o crime de bicicleta. Uma discussão entre os dois antecedeu o crime, depois do homem ir até a casa da vítima e vê-la entrando em um carro.

Os filhos de Joelma, total de 5, estavam na casa no momento do crime. Segundo a polícia, o homem já tem passagens por violência doméstica e fugiu no sentido Avenida Duque de Caxias. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou a ser acionado, mas Joelma já estava sem vida. A Polícia Militar está isolando o local.