Mãe procura delegacia e diz que filha foi humilhada por professor em escola de Campo Grande

Professor teria dito que lenço usado pela aluna era ‘trapo velho e ridículo’

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(Ilustrativa)

A mãe de uma criança, de 11 anos, procurou a Polícia Civil no sábado (21) para denunciar um caso de humilhação e intolerância religiosa sofrido pela menina. O autor seria o professor de geografia de uma escola municipal em Campo Grande.

Uma familiar da vítima relatou ao Jornal Midiamax que a menina é adventista e, na última sexta-feira (20), compareceu à aula com um lenço usado por integrantes de um clube da Igreja.

Conforme o registro policial, o professor disse para menina tirar o lenço. “Ridículo, horrível, um trapo velho”, teria dito o professor. A estudante explicou a ele que faz parte de um clube e uma das atividades da semana seria o uso do lenço.

Mesmo assim, o professor teria reafirmado para ela tirar o lenço, senão o jogaria no lixo. O docente também disse para a aluna desencostar da parede e, segundo a denúncia, pegou a menina pelo braço esquerdo, mandou ela sentar ao lado dele e ficou rindo da cara dela.

A denúncia aponta que o professor age de forma grosseira com outros alunos. Uma familiar da menina disse ao Jornal Midiamax que o docente chegou a cuspir no rosto da criança.

A família também explica que a aluna está abalada psicologicamente e não quer mais comparecer às aulas. “Está com medo, tanto ela quanto outras crianças que vão depor na segunda-feira (23). Ela foi humilhada na frente de todos”, informou.

Segundo a familiar, outros pais também devem realizar boletins de ocorrência contra ações do professor. “Terá uma reunião na escola para os pais realizarem um abaixo-assinado para ele sair”, diz.

Em nota, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) informou que fará reunião com os pais, responsáveis e com a direção escolar. “A Semed informa que teve conhecimento do caso e está empenhada junto às equipes, que farão uma reunião na próxima terça-feira (24) com os alunos, pais, professor e a direção. É importante ressaltar que a Secretaria não compactua com qualquer ato de intolerância religiosa ou violência, seja por parte de servidores ou alunos. A equipe jurídica da Semed também acompanha a situação”.