Homem que matou vizinho por ciúmes de prima é condenado a mais de 11 anos de prisão
Fábio foi condenado após oito anos do homicídio cometido em Campo Grande
Layane Costa –
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Após oito anos, Fábio da Silva, de 42 anos, acusado de matar a tiros Isaias Vicente Ferreira, no Bairro Jardim Montevidéu, foi condenado a 11 anos e 8 meses de prisão nesta terça-feira (12). O júri havia sido adiado em agosto, em decorrência de uma confissão de autoria por uma testemunha.
O acusado foi condenado pela prática do crime de homicídio doloso qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima. Ainda, o réu deverá cumprir a pena inicialmente em regime fechado.
Fábio é acusado de matar Isaias por ciúmes da prima, que morava com a vítima. Conforme a denúncia, Fábio e a prima possuíam um relacionamento, assim como a mulher e a vítima. O réu teria ciúmes do relacionamento dos dois e, por isso, matou o vizinho a tiros. Na versão dele, o autor é outra pessoa: Elder Silva Rodrigues, que teria, inclusive, assinado uma declaração entregue na Defensoria Pública confessando o crime.
Isso porque, conforme relato do réu, Elder ‘Gordinho’ teria um relacionamento com a ex-esposa de Isaias. A vítima teria o ameaçado momentos antes do crime, o que teria o deixado com raiva. Fábio disse em depoimento nesta manhã que Elder confessou o crime para ele.
Conforme a versão dele, encontrou Gordinho quando passava pelo Centro de Triagem da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário). Elder teria contado ser o autor do homicídio no Montevidéu. “Eu falei: ‘é desse que estou sendo acusado’. Então, ele disse que iria assumir a culpa assim que saíssem da prisão”, alega.
Disse, ainda, que levou Elder, que chegou com uma declaração impressa e assinada por ele, a qual assumia a autoria do crime. Depois, levaram-na até a Defensoria Pública, onde foram orientados a irem ao cartório da 1ª Vara. O juiz Carlos Alberto Garcete pediu para que Elder fosse interrogado na delegacia, 8 anos após o crime.
Para o delegado, Elder disse que não é o autor. Questionado sobre o porquê de ter assinado, afirmou que ‘assumiu o BO, pois estaria com medo quando saísse do presídio’. Ainda, que Fábio teria prometido um carro caso assumisse o crime.
Fábio diz não ser verdade. “Isso aí eu nego, não tenho nem dinheiro para dar um carro. Ele que é filho de delegado aposentado, ex-militar do Exército. Eu não tenho nem advogado”, afirma.
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