Falso advogado, de 29 anos, foi preso em flagrante em Campo Grande após aplicar golpes em torno de R$ 600 mil. Conforme a polícia, o autor era um estagiário que se passava por advogado. Uma vítima foi até a Depac Centro nesta quarta e registrou um boletim de ocorrência contra ele. Na delegacia, a mulher disse que há um ano e três meses, contratou os serviços do golpista, acreditando que ele era advogado.
A contratação é para representação em um processo de partilha de bens. A vítima relata que o falso advogado exigia dinheiro, alegando que seria para pagamento do andamento do processo. Neste período, ela já teria transferido aproximadamente R$ 600 mil.
A vítima soube que estava sendo vítima de golpes, pois se reconciliou com o marido e soube por meio do advogado dele, que não havia qualquer manifestação em processo e que o autor não era advogado, e sim estagiário, com a inscrição cancelada e não poderia estar representando a vítima.
Enquanto a mulher estava na Depac Centro registrando a ocorrência, o estelionatário mandou mensagens via WhatsApp para a vítima solicitando nova transferência, de R$4.067,00, para dar andamento no processo. Ela inventou desculpa, dizendo que não poderia fazer a transferência e só poderia pagá-lo em espécie.
Ele então aceitou encontrá-la para receber o dinheiro, no estacionamento de um shopping da Capital. Diante da situação de flagrante da tentativa de estelionato, policiais civis então foram ao local. No local do encontro, quando o autor parou seu veículo ao lado do carro da vítima, os policiais fizeram a prisão. Com ele, também foi apreendido um revólver calibre 38, com numeração raspada e com nove munições.
Em checagem foram constatados diversos boletins de ocorrência e processos criminais contra o autor. O falso advogado confessou à polícia que aplicava o golpe contra a vítima. Com ele foi apreendido a arma, munições, celulares e uma máquina de cartão.
O falso advogado responderá por estelionato, estelionato na forma tentada, exercício ilegal da profissão ou atividade, além de porte ou a posse de arma de fogo de uso permitido com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado.
