Campanha para identificação e busca de pessoas desaparecidas coleta 49 amostras de DNA em MS

Ação conta com 15 pontos de coleta de material genético de familiares em todo o Estado

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(Reprodução, Agência de Notícias)

A campanha para identificação e busca de pessoas desaparecidas coletou 49 amostras de DNA em Mato Grosso do Sul. Destas, 16 foram coletadas em Campo Grande, outras 16 em Dourados e 7 em Costa Rica. 

A mobilização, realizada em todo o Brasil entre os dias 26 e 30 de agosto, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a Polícia Civil e a Polícia Científica do estado, visa reforçar o Banco Estadual e Nacional de Perfis Genéticos para identificar pessoas desaparecidas. 

No estado sul-mato-grossense, a campanha coletou amostras de familiares em 37 casos de desaparecimento, sendo nas cidades de Aquidauana, Corumbá, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Ponta Porã e Três Lagoas. A ação conta com 15 pontos de coleta de material genético de familiares em MS. 

Uma das primeiras pessoas a doar material genético foi Nildo Doarte, que espera encontrar o irmão Edmilson de Lisboa Duarte, desaparecido há dois anos no bairro Tijuca, na Capital. 

As coletas foram enviadas para análise e irão integrar a RIBPG (Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos), possibilitando um confronto de dados com outras amostras de todo o País. 

A perita Josemirtes Prado, diretora do IALF (Instituto de Análises Laboratoriais Forenses) reforçou o intuito da campanha. 

“A mobilização e as próximas etapas servem como alerta para aqueles que têm um familiar desaparecido. Procurem as autoridades e uma das unidades da Polícia Científica, pois a coleta de material genético é um serviço contínuo”, destacou.

Neste ano foram registrados 803 desaparecimentos em Mato Grosso do Sul contra 1.468 registrados em 2023, em sua maioria homens. 

Campanha

A mobilização terá outras fases e na segunda etapa se concentrará na coleta de impressões digitais e material genético de pessoas vivas sem identificação.

Já a terceira fase, chamada de análise do backlog, fará a verificação das impressões digitais de corpos não identificados que estão armazenadas em bancos de dados estaduais e federais.

Todos os dados coletados serão integrados ao banco nacional, com a expectativa de confrontar mais de 220 mil perfis genéticos registrados desde 2014.

(Reprodução, Agência de Notícias)

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