Sete testemunhas são ouvidas em audiência de ação que investiga Razuk por envolvimento no jogo do bicho

Mais testemunhas devem ser ouvidas em janeiro de 2025

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Deputado Neno Razuk (Foto: Luciana Nassar / Wagner Guimarães, Alems)

A primeira audiência de instrução e julgamento da Operação Sucessione, deflagrada em 2023 contra o jogo do bicho, contou com sete testemunhas de acusação ouvidas pelo magistrado na 4ª Vara Criminal do Fórum de Campo Grande na tarde desta segunda-feira (11). 

A operação apontou o deputado Neno Razuk como o líder da organização criminosa que contava com policiais militares como ‘gerentes’ do grupo. Por isso, ele foi denunciado em dezembro de 2023 e se tornou réu. 

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Informações obtidas pela reportagem do Jornal Midiamax são de que, entre as sete testemunhas ouvidas, estavam um delegado e três supostas vítimas do jogo do bicho, que apenas confirmaram as versões já apresentadas ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) anteriormente. 

Como o processo está em segredo de justiça, a imprensa foi proibida de acompanhar a audiência na tarde desta segunda (11). Após quase quatro horas de sessão, o advogado André Borges, que representa a defesa de Neno Razuk, com o advogado João Arnar, conversou com a reportagem e ressaltou que o cliente é inocente na investigação. 

“Audiências apenas começaram; ainda existe tempo e oportunidade de esclarecer os fatos: nosso cliente é inocente”, afirmou André Borges ao Jornal Midiamax

Uma nova audiência deve ser agendada para janeiro de 2025, desta vez, com previsão da oitiva das testemunhas de defesa. No total, 20 testemunhas do caso devem ser ouvidas.

Neno Razuk foi acusado de usar servidores da Sejusp para a organização criminosa

Na época da deflagração da Operação Sucessione, Neno foi alvo de buscas e apreensão em sua casa em um condomínio de luxo, em Campo Grande. Na ocasião, quatro assessores do deputado foram presos. O major aposentado da PM, Gilberto Luiz, também foi preso.

O deputado foi acusado de usar servidores da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul) para a organização criminosa do jogo do bicho. As denúncias de servidores da secretaria envolvidos com a organização causaram um racha na secretaria.

Reportagem do Jornal Midiamax, em julho deste ano, revelou uma guerra entre os grupos de Neno Razuk, ‘Banca BR’, contra outro grupo, ‘Banca Kapital’, que estaria tentando dominar o jogo do bicho em Campo Grande.

Segundo alguns anotadores de apostas, policiais militares e civis estariam abordando os cambistas para impor a mudança do controle das banquinhas do jogo do bicho para os donos da ‘Banca BR’.

Em agosto, um perito da Polícia Civil foi denunciado a Corregedoria por ameaçar anotadores do jogo do bicho do grupo que seria rival a Neno Razuk, que supostamente seria apontado como líder.

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