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Polícia

Violência e recompensa: entenda como agia quadrilha que lucrou R$ 200 milhões com cigarros em MS

Carros recebidos como pagamentos pela quadrilha eram revendidos em lojas
Thatiana Melo -
Operação da Polícia Federal apreendeu joias e dinheiro (Divulgação PF)

A quadrilha de contrabando de cigarros que lucrou mais de R$ 200 milhões e é alvo da nesta quarta-feira (16) usava de violência para cobrar os clientes que compravam os cigarros contrabandeados. Em , a 359 quilômetros de Campo Grande, duas lojas de revenda de carros foram fechadas.

Segundo informações, a quadrilha agia de forma organizada. Havia a divisão de dois grupos, mas que eram interligados, sendo que o primeiro era responsável pela cobrança de valores obtidos na venda dos cigarros.

O primeiro grupo ficava incumbido de coletar dos clientes dos contrabandistas os valores dos cigarros vendidos, seja em , veículos ou imóveis, e por isso, muitas vezes era usado da violência para esta cobrança. Quando a cobrança tinha sucesso, os cobradores da quadrilha eram recompensados com cerca de 20% do valor arrecadado.

Já o segundo grupo era responsável por fornecer veículos para utilização dos cobradores, bem como vender outros carros que as organizações receberiam como pagamento.

A quadrilha usava familiares e funcionários de revendedoras de carros, além de outras pessoas, para blindar o patrimônio e ocultar as atividades ilícitas. 

Operação Collector apreendeu joias e carros

Durante a Operação Collector, foram apreendidos dólares, joias e grande quantidade de dinheiro em espécie. A organização criminosa alvo da PF fazia a lavagem de dinheiro do contrabando de cigarros na região do Cone Sul do Estado.

Vários anéis e pulseiras foram apreendidos em uma das casas dos alvos da operação, assim como dois veículos. Cadernetas da organização criminosa também foram apreendidas, além de quatro celulares. Ainda não há informações do montante apreendido. 

Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, 21 ordens de sequestro e a suspensão de atividade de seis empresas, nas cidades de Naviraí, Caarapó, e Mundo Novo. Segundo a PF, durante a investigação, foi comprovado que a organização contratava grupo criminoso especializado na cobrança de dívidas do crime.

O grupo efetuava as cobranças em diversos estados do país e, após o recebimento do pagamento por dação em pagamento – entrega de veículo, imóveis -, outro grupo criminoso, que tinha empresários, assumia a autoria com a liquidação dos bens, normalmente com a compra e venda de veículos. 

Para operacionalizar todo o esquema, eram feitos atos de lavagem de capitais. Estima-se que a movimentação bancária do grupo tenha ultrapassado R$ 200 milhões em cinco anos.

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