Série de ‘minicracolândias’ do Midiamax ajuda no trabalho da polícia, diz delegado
A série de 4 matérias realizada pelo Jornal Midiamax que mostra a problemática das regiões de Campo Grande em relação às ‘minicracolândias’ é importante também para o trabalho da polícia, conforme informou o delegado titular da Denar (Delegacia Especializada em Repressão ao Narcotráfico), Hoffman D’Ávila. A série mostrou alguns lugares onde há “minicracolândias” e a […]
Mirian Machado –
A série de 4 matérias realizada pelo Jornal Midiamax que mostra a problemática das regiões de Campo Grande em relação às ‘minicracolândias’ é importante também para o trabalho da polícia, conforme informou o delegado titular da Denar (Delegacia Especializada em Repressão ao Narcotráfico), Hoffman D’Ávila.
A série mostrou alguns lugares onde há “minicracolândias” e a disseminação de bocas de fumo pelos bairros da cidade, assim como as implicações sociais que esse tipo de atividade criminosa causa.
Conforme o delegado, a imprensa tem um papel importante e está envolvida nesse trabalho de combate. “É uma série boa. Ajuda bastante, porque vocês são nossos parceiros, nossos termômetros. Na medida que vocês fazem esse trabalho, fazem esse levantamento, seja para elogiar ou fazer uma crítica construtiva, vocês, a imprensa também está envolvida nesse processo de mostrar a problemática, onde está o foco. Muito embora nós já saibamos, mas reitera. Às vezes, estamos olhando de uma forma, mas o problema ali é mais sério”, detalhou o delegado.
No final da tarde de terça-feira (16), a delegacia fez uma megaoperação no Bairro Tiradentes, um dos mais afetados pelo problema. A operação contou com 40 policiais de várias outras delegacias especializadas, incluindo o auxílio de um helicóptero da CGPA (Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo). Oito pessoas foram presas e vários objetos, drogas e dinheiro apreendidos. A ação foi elogiada pelos moradores.
Conforme o delegado, o problema mais crônico são os usuários, já que a nova lei de drogas não permite que os usuários sejam presos. Eles assinam um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) e são liberados. “O traficante a gente prende, mas e o usuário? É uma questão de saúde pública. Precisa de políticas públicas”, afirma.
O aumento de ‘minicracolândias’ pela cidade é preocupante, porém as operações policiais para coibir esse crime e trazer alívio e segurança à população continuam em outras regiões também. “Importante vocês continuarem com esse trabalho nos ajudando a identificar esses pontos também e mostrar o antes como também o depois”, concluiu Hoffman.
Leia as outras reportagens da série:
“Narcotráfico doméstico avança e ‘minicracolândias’ se espalham por bairros de Campo Grande”.
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