Sem cadeiras, plenário lota no 3º dia de julgamento sobre morte de Matheus

Debates entre acusação e defesa devem durar cerca de 9 horas

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(Nathalia Alcântara, Midiamax)

No 3º e último dia do julgamento de Jamil Name Filho, Vladenilson Olmedo e Marcelo Rios, o plenário do Tribunal de Justiça lotou e não teve cadeiras suficientes para quem queria participar do júri, nesta quarta-feira (19). 

O debate entre a acusação e a defesa deve durar cerca de 9 horas, com réplicas e tréplicas, e só após isso os jurados vão determinar pela inocência ou culpabilidade dos réus, acusados da morte de Matheus Coutinho, em abril de 2019, quando foi assassinado a tiros de fuzil em frente de sua casa. 

Segundo o juiz Aluízio Pereira dos Santos, o dia de hoje gera um pouco de preocupação, já que os ânimos podem se exaltar porque defesa e acusação irão defender suas teses. “Até agora tudo transcorreu bem”, disse o magistrado. 

Aluízio ainda lembrou que a decisão dos jurados representa a sociedade, e, portanto, é uma decisão irrevogável. Mas, ele como juiz é quem tem a competência para fixar a pena dos réus, caso sejam condenados. “Tenho critérios para fixar a pena”, finalizou.

O que motivou a execução?

As investigações demonstraram que Jamil Name e Jamil Name Filho teriam ordenado a morte de Paulo Xavier. PX já teria atuado com a família, na prestação de serviços enquanto também atuava como policial militar.

Inclusive, já teria feito segurança particular de Jamilzinho, na época em que ele teve uma briga com Marcel Colombo, o ‘playboy da mansão’, em 2018. Marcel foi assassinado a tiros em uma cachaçaria da cidade, também segundo a investigação a mando da família Name.

Foi nessa época que PX conheceu o advogado Antônio Augusto de Souza Coelho, com quem passou a ter uma relação próxima. Paulo Xavier também tinha vínculos com a Associação das Famílias para Unificação e Paz Mundial.

Nesse período, Antônio foi procurado pela associação, para resolver pendências comerciais e negociar propriedades. Foi então que passou a negociar com a família Name, que se viu em prejuízo financeiro.

Depois, PX teria passado a prestar serviços para o advogado e parou de atender a família Name. Foi então que os líderes decidiram pela morte do policial. No contexto da denúncia, é relatado que a organização criminosa se baseava na confiança e fidelidade, por isso o abandono ao grupo foi mal visto.

A partir da ordem de execução de Paulo Xavier, homens de confiança da família Name foram acionados para colocarem o plano de morte em prática. São eles Marcelo Rios, ex-guarda municipal de Campo Grande, e o policial aposentado Vladenilson Olmedo.

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