Pai de rapaz que matou Luan e atirou na ex é preso e já foi condenado por assassinar mulher

Assassino se escondeu no sítio do pai

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Delegadas na coletiva de imprensa sobre o caso (Mirian Machado, Midiamax)

Calmo e tranquilo: assim estava o acusado do assassinato de Luan Roberto de Oliveira, de 24 anos, em depoimento na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), na noite desse domingo (30), após a sua prisão. O pai de 62 anos do autor também acabou preso por ter uma espingarda modificada escondida em casa.

Segundo a delegada Elaine Benicasa, o acusado do crime se apresentou acompanhado de um advogado, por volta das 20h30 de domingo, depois da polícia ter fechado o cerco em sua procura. Ele estava escondido no sítio do pai e depois se escondeu na casa de uma tia, e por isso, a família será investigada por favorecimento pessoal e real ao esconder o autor.  

A jovem manteve um relacionamento com o autor por 8 meses e estavam separados há uma semana, mas ainda conversava com o autor por mensagens. Quando passou a rejeitar as mensagens do autor, ele passou a fazer ameaças.

Sobre o crime, o autor disse em depoimento que tinha a intenção de matar a ex-namorada, mas não Luan Roberto. Ainda segundo o depoimento, o acusado pelo crime revelou que no dia ficou escondido embaixo de uma árvore e quando viu a jovem chegar na companhia de Luan e ver um beijo dos dois, ele ficou ‘tomado de raiva’. 

Ele disse ter atirado na jovem primeiro, na região do pescoço e foi neste momento que Luan tentou intervir e o autor disparou contra ele, atingindo o tórax do rapaz que morreu no local. A jovem ainda tentou correr e foi perseguida, sendo ferida com um tiro na cabeça. 

O pai do acusado também foi preso por ter escondido em casa uma espingarda modificada. Ele já foi condenado em 1990 por matar a companheira, em Minas Gerais.

O acusado do assassinato de Luan será indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil e emboscada, e tentativa de feminicídio, já que a jovem está internada em estado gravíssimo na Santa Casa.

Fuga e esconderijo em sítio 

Ainda segundo o autor, logo em seguida ao crime, ele fugiu e tentou se matar, mas a arma não funcionou. A arma, ele havia comprado há cinco anos e disparado uma única vez para testá-la. Após isso, ele teria ligado para sua mãe contando o que havia feito e a mulher o orientado a voltar para casa. O pai do assassino foi avisado pela mulher sobre o crime, e ele acabou se escondendo no sítio do idoso, no Bairro Chácara das Mansões.

A polícia chegou a ir até o sítio, mas o autor estava escondido em meio ao matagal. A arma usada foi escondida pelo pai em um chiqueiro. A mãe do autor chegou a prestar depoimento, entrando em contradição, levantando suspeitas da polícia que voltou ao sítio. 

Ele chegou a dar o chip do celular para o pai para não ser rastreado. Com isso, o autor foi retirado do local e levado para se esconder na casa de uma tia. Mas, antes de ser preso, ele se apresentou junto de um advogado. 

Apagou conversas

Segundo a delegada Benicasa, o acusado do crime chegou a apagar as conversas do celular, mas que já está sendo periciado. Ainda de acordo com a delegada, as mensagens enviadas à mãe da jovem eram uma tentativa de ela se sentir culpada, já que não aceitava o relacionamento. 

A mãe da jovem disse na delegacia que o relacionamento da filha com o autor era conturbado e que já tinha orientado a jovem a registrar um boletim de ocorrência, mas a filha não acreditava que ele seria capaz de fazer alguma coisa e por isso não denunciou. 

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